CHEGA-Madeira defende reforço nas medidas de apoio à natalidade
O apoio à maternidade e a resposta ao envelhecimento da população "são duas áreas que estão profundamente interligadas e que, cada vez mais, assumem uma relevância preocupante no contexto social da Região Autónoma da Madeira. Sendo facto que, praticamente todos os anos, a Madeira e o Porto Santo perdem população, não só por via do saldo negativo entre nascimentos e óbitos, mas também devido à imigração, é cada vez mais premente repensar as políticas de apoio à natalidade e às famílias", defende o CHEGA-Madeira.
“Os últimos números disponíveis sugerem que cerca de sessenta por cento das famílias madeirenses gostariam de ter dois ou mais filhos, porém não o fazem porque sentem que não têm as condições financeiras necessárias para o fazer, nas quais incluem o elevado custo dos alimentos para bebés e crianças, o qual foi agravado pela subida da inflação e pela consequente desvalorização dos salários”, observa Miguel Castro, presidente do CHEGA-Madeira.
“A juntar a isto, as famílias, especialmente as jovens famílias, apontam para ausência de condições habitacionais. Fruto da especulação imobiliária e do aumento astronómico no preço das habitações, um número cada vez maior de famílias e de jovens casais não consegue comprar casa, sendo relegados para as periferias ou até forçados a viver na casa dos pais ou dos avós, situações que lhes privam do contexto que precisam para criar e educar os filhos”, reforça o líder do CHEGA-Madeira.
Para dar resposta a estas situações, o CHEGA-Madeira propõe "um esforço de todos os agentes políticos no sentido de refletir de forma séria sobre a questão demográfica, apostando em estratégias que valorizem a família e criem condições para que a mesma possa se afirmar como a célula fundamental da sociedade".
Miguel Castro garante “É preciso olhar para este problema com uma postura séria, deixando eleitoralismos à porta e focando a atenção nas pessoas e nas famílias. Estratégias como, por exemplo, a flexibilização do horário laboral, o alargamento da redes de creches e até incentivos fiscais a quem tenha mais filhos devem ser devidamente ponderadas e consideradas, pois delas ou de outras advirão respostas mais firmes e eficazes, que permitam à Região combater a crise demográfica e assumir-se, de forma mais segura, como um território jovem, cosmopolita, dinâmico, retentor de jovens quadros e, por tudo isso, pronto para contribuir de forma mais determinada para a modernização e para o progresso do país e da Europa.”