Comunidades Madeira

Rui Abreu quer mais atenção a madeirenses carenciados na Venezuela

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O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa da Madeira destacou a solidariedade dos madeirenses radicados na Venezuela com os conterrâneos, sublinhando existir uma comunidade carenciada que precisa de atenção das autoridades.

"A importância da nossa diáspora tem duas faces da mesma moeda. A Venezuela aliás é um pouco isso, é uma moeda de duas faces. O Centro Português não é o retrato fiel da Venezuela. Como é óbvio, é também uma parte da Venezuela, é uma parte, aliás, de Portugal. Mas há uma outra Venezuela a que é preciso estarmos atentos, próximos, e é isso que estamos a fazer", disse Rui Abreu, na segunda-feira.

Rui Abreu falava à Lusa, em Caracas, no final de uma visita de dez dias ao país, onde participou nas celebrações locais do dia da Região Autónoma da Madeira e contactou com portugueses em Miranda, Arágua e Carabobo.

"Vim uns dias antes de 01 de julho, e procurei dar um cunho social, visitando muitas instituições sociais. Visitando também diretamente, nas suas casas, pessoas que passam dificuldades", disse, precisando que trouxe "quatro contratos" de apoio ao Lar Padre Joaquim Ferreira, ao Lar Geriático Luso-venezuelano de Maracay, às Damas da Beneficência e à associação Regala una Sonrisa (Dê um sorriso).

Rui Abreu indicou serem pouco mais de 20 mil euros, que foram "muito bem recebidos", também um sinal e um exemplo de que o Governo regional da Madeira está com a comunidade, com os mais desfavorecidos.

O responsável sublinhou que "aqueles que hoje aqui estão também estão sempre disponíveis para ajudar".

Sobre a crise na Venezuela, Rui Abreu indicou que em 12 meses esteve três vezes no país: "a situação é muito semelhante ao que já encontrámos no ano passado, quando estive aqui em abril e em outubro também, com o presidente do Governo Regional da Madeira".

"Portanto, é um país que atravessa uma fase de algumas dificuldades, que já são conhecidas, que não são de agora, não são novas, e que permanecem. Acho que o país atravessa algumas dificuldades económicas que de alguma maneira afetam a nossa comunidade", disse.

Em termos de segurança, a situação não está pior, "talvez até [esteja] relativamente um pouco melhor", indicou.

"A comunidade está aqui integrada, já se habituou a muitas destas questões. Acho que continuam a ter esperança no país, têm as suas vidas aqui e, portanto, é muito difícil também tomar outras decisões", frisou.

O responsável considerou que as comemorações do dia da Madeira voltaram, este ano, "aos tempos antigos, no seu fulgor, na sua força".

Rui Abreu destacou ainda "a entrada de muitos membros novos para a comissão pró-celebração do dia da Madeira, o que é muito importante e é um sinal da vontade das pessoas de não deixar esquecer estas datas importantes".