É preciso ter muito respeitinho pela PSP!
Meus caros amigos leitores, em agosto, época de férias, não há grande coisa para dizer, de modo que as notícias estão um pouco em stand by. Mas, podia começar perfeitamente, este artigo a falar nas alterações climáticas e da consequente “era da ebulição global”; nas Jornadas Mundiais da Juventude que vai acontecer nos próximos dias em Lisboa, ou então nas nossas heroínas “Navegadoras” onde a nossa conterrânea Telma Encarnação, fez história ao tornar-se a primeira futebolista a marcar ao serviço de Portugal num Mundial de futebol feminino.
Também podia começar por dizer que a forma como está escrito o texto final à nova versão da lei da droga, admite posse para mais de dez dias se provado que é autoconsumo, vai permitir manter a porta aberta à subjetividade criticada já pelas polícias, que ficam agora com o ónus de ter de provar que a quantidade identificada na posse de alguém não se destina a consumo próprio, mas sim a tráfico. Mas isso levar-me-ia a tecer considerações várias sobre o sistema o que me conduziria a outras conclusões que poderiam não ser exatamente coincidentes com a maioria.
Podia igualmente começar por falar da morte do canídeo de nome “LAKO”, macho, pastor alemão, que começou a sua formação na Unidade Especial de Polícia (UEP), em Lisboa, até a sua vinda, em março de 2016, para a Força Destacada da UEP sedeada no Comando Regional da PSP, entregue ao seu tratador, desempenhou funções operacionais na especialidade de Estupefacientes e Armas, faleceu na clínica, no passado dia 12 de julho. Seja como for, a perda de um cão policial nas mãos do seu tratador é uma situação trágica e dolorosa.
O LAKO, era um parceiro leal e dedicado, e a relação entre ele e o seu tratador foi construída com base na confiança e amor mútuo. E, já agora, os cães da PSP são verdadeiros heróis, treinados com muito rigor e cuidado para desempenhar as suas funções especificas, proporcionando um apoio valioso às operações policiais. Por isso, merecem ser honrados e protegidos enquanto trabalham ao lado dos seus tratadores para manter a segurança de todos.
E se começasse este artigo dizendo que realmente, nem tudo o que parece é. Exemplo disto foi o CARTOON, designado “Carreira de Tiro” que surgiu em espaço publicitário à cobertura feita pela estação pública de televisão – RTP ao festival de música NOS Alive, onde o vídeo mostra um profissional da PSP numa carreira de tiro a disparar sobre vários alvos, onde o de pele clara não é atingido. Já o de pele escura, aparece repleto de tiros. Quem me dera que este fosse um relato de uma série de ficção de televisão. Seria um programa mau, certamente sem audiência e rapidamente seria tirado do ar… Um assunto que causa ainda (muito) mal-estar na nossa Polícia. Desilusão e desânimo. Profundo desânimo. Causas são várias e culpas ninguém a quer.
O problema, é que todos estão ao par do acontecido. A verdade é que tudo se processou dentro da normalidade, mas não dentro das regras. Isto é confuso claro, mas é verdade senhores diretores de programas de televisão da RTP e da entidade reguladora para a comunicação social (ERC) isto é mais um episódio de racismo estimulado pela própria televisão pública. Para quê!
De facto, senhores diretores, só não é importante em Portugal quem a Comunicação Social não quiser, seja por bem ou por mal. E é bem verdade. Haja saúde que os problemas se resolverão! E o que acontece quando colocam os polícias como sendo todos criminosos? Não podemos ficar indiferentes! Sem medos, nem tabus. Já é tempo de ter bom senso e muito respeitinho pela PSP.
É fundamental lembrar a estes senhores diretores que a liberdade de expressão é importante, mas também é necessário equilibrar a criatividade artística com a responsabilidade ética ao abordar questões sensíveis e controversas. Sinceramente, usar uma arma de fogo é uma imagem controversa e sensível, ou como uma generalização negativa e injusta sobre todos os Polícias, insultando a maior e mais importante força de segurança em Portugal, a PSP.