Crise inflacionista e energética custa ao Estado cerca de 1.100 milhões até Junho
As medidas para mitigar o efeito da crise energética e inflacionista custaram ao Estado 1.124,7 milhões de euros até junho, revelou a Síntese da Execução Orçamental, divulgada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
"Em junho, a execução reportada das medidas adotadas no âmbito da mitigação do choque geopolítico, levou a uma diminuição da receita em 628,4 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 496,3 milhões de euros", lê-se na Síntese de Execução Orçamental.
Do lado da receita, destacam-se os impactos relacionados com a perda de receita fiscal, como a redução do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) equivalente à descida do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) para 13% (307,6 milhões de euros), a suspensão da taxa de carbono ISP (136,8 milhões de euros), bem como a devolução da receita adicional de IVA via ISP (133,3 milhões de euros).
No que se refere à despesa, pesaram as medidas de apoio extraordinário às famílias mais vulneráveis (174,6 milhões de euros), os apoios a setores de produção agrícola (160,4 milhões de euros) e o complemento ao apoio extraordinário para crianças e jovens (99,2 milhões de euros).