Os primeiros dados para o sector de alojamento turístico da Região Autónoma da Madeira em Junho de 2023 apontam à "entrada de 191,9 mil hóspedes que geraram 962,2 mil dormidas, traduzindo variações homólogas de +10,9% e de +2,8%, respectivamente", sinaliza a Direcção Regional de Estatística. A estimativa desse mês, comparativamente a Junho de 2019 (pré-pandemia), é de aumentos de 44,8% e 24,9%, respectivamente. Estes dados revelam que continuam as entradas em massa de turistas, mas a diminuição do tempo de estadia, reflectido num aumento modesto (face aos dados recentes) das dormidas (noites).

Calcula a DREM que "no primeiro semestre do ano, as dormidas rondaram os 5,1 milhões, +22,4% do que no mesmo período do ano precedente", o que também se reflecte no forte impacto que os primeiros meses vinhma apresentando.

"Para efeitos de comparabilidade com os dados divulgados pelo INE, é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico, em Junho de 2023, apresentaram um ligeiro decréscimo homólogo de 0,8%, variação inversa à verificada a nível nacional (+3,7%)", o que, para todos os efeitos, é inédito neste ano.

Foto DREM

"Na Região, as dormidas de residentes em Portugal tiveram uma quebra de 10,3% relativamente ao mês homólogo, atingindo as 178,3 mil (18,5% do total), enquanto as de residentes no estrangeiro subiram 6,3%, situando-se em 783,8 mil", diz a DREM, números que justificam este crescimento modesto, mas perante um Junho de 2022 que apresentava já crescimentos significativos. "Note-se que, face a Junho de 2019, a variação nas dormidas produzidas por residentes em Portugal foi de +53,0%, sendo de +19,9%, no caso das geradas por residentes no estrangeiro. Os hóspedes entrados, em Junho de 2023, com residência no País, totalizaram 49,2 mil e os com residência no estrangeiro 142,7 mil", realça.

A nível nacional, em Junho de 2023, "o mercado interno contribuiu com 2,2 milhões de dormidas (peso de 29,2%), tendo recuado 6,7%. Os mercados externos predominaram (peso de 70,8%) e totalizaram 5,3 milhões de dormidas, crescendo 8,7% em termos homólogos", diz a DREM, sendo que a Madeira continua com uma dependência maior perante os mercados emissores de residentes no estrangeiro.

"Os primeiros dados estimados, na Região, para o mês de referência, mostram que os principais mercados emissores de residentes no estrangeiro representaram 81,5% do total de dormidas", garante. "Nesse conjunto, o mercado do Reino Unido é o que regista mais dormidas, em Junho de 2023, com cerca de 185,5 milhares (-6,2% que no mês homólogo), seguido da Alemanha, com 181,8 milhares (+2,1%), e da França, com 78,4 mil (+18,7%)".

Por fim, nesta primeira estimativa, calcula-se que "em Junho de 2023, 8,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes".