A festa do rali
E chega o rali… É o acontecimento desportivo do ano, atravessa a ilha e marca o verão madeirense. Para alguns implica subir à serra, acampar, convívio noite dentro. Para outros é só assomar-se à varanda ou abrir a janela.
As minhas primeiras memórias são dos carros de rali que intercalavam com os comuns mortais a Regional 101 na ligação entre a classificativa da Ponta de Pargo/Santa e a do Rosário/Serra de Água. E só isso já era um acontecimento. O barulho dos carros, a decoração das viaturas, a conferência dos pilotos com os números que passavam. Naquela ingenuidade pueril sabíamos que passavam uma vez, antes do almoço e que passado poucas horas voltavam a fazer o mesmo percurso. Com sorte algum parava nas Mós por breves momentos e podíamos estar mais perto dos carros. E imaginava como seria se em vez de uma simples ligação entre classificativas descessem Santa abaixo, sobretudo a partir da zona do miradouro. Velocidades vertiginosas seriam atingidas, curvas fantásticas seriam desenhadas e o rali a sério já não estaria tão longe de acontecer. Ainda esperei uns anos até subir ao Paúl da Serra ou ver a Super Especial in loco.
Como sempre, “longe do perigo, perto da emoção”, que se faça a festa.