Regionais 2023 Madeira

Chega-Madeira quer que sejam colocados limites às exigências dos bancos

None

Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira e cabeça de lista às eleições legislativas regionais, afirma ser urgente rever as condições em que a banca está a operar em Portugal, impondo, por exemplo, um tecto máximo para o valor dos juros cobrados aos mutuários dos créditos, com a diferença relativa à taxa Euribor a ser suportada pelos próprios bancos com os lucros excessivos que têm vindo a registar há já algum tempo.

“Esta é uma matéria extremamente importante, pois não só está a afectar directamente e vida de milhões famílias, muitas das quais na Madeira e no Porto Santo, mas também porque constitui um entrave elevado e injusto àqueles que querem inovar, investir, criar postos de emprego e dinamizar o tecido económico, mas não podem fruto das condições absolutamente pornográficas que os bancos estão a impor à sociedade portuguesa", diz o presidente do partido.

Miguel Castro acusa a banca de ter desprezado as obrigações sociais que lhe assistem: "a banca tem a obrigação social de alavancar a vida das pessoas, potenciar a criação de negócios e ajudar as populações a viver com dignidade. Porém, o que vemos hoje em dia, é que a banca se converteu num negócio egoísta e sedento, que explora as populações a todo o custo, beneficiando apenas os banqueiros e os acionistas. As exigências que hoje fazem a quem quer comprar casa não são só desumanas, mas também castradoras, pois impedem o avanço da vida social, forçam os jovens a continuar na casa dos pais e bloqueiam a criação de novos negócios. Porém, quando a banca enfrenta uma crise, quem é obrigado a pagar são exatamente as mesmas pessoas a quem a banca recusa ajudar, e, muito pelo contrário, explora até ao limite, incluindo e especialmente nesta fase de grande crise económica".

O candidato às eleições regionais lembra que os lucros agregados dos cinco maiores bancos que operam em Portugal somaram, praticamente, dois mil milhões de euros no primeiro semestre de 2023, um valor que constitui um aumento de 58,4% face ao mesmo período de 2022.

Miguel Castro fala mesmo numa postura de "parasitismo perigoso", uma vez que que afunda as condições de vida da população e impede o desenvolvimento social, a vários níveis. “Estamos perante uma banca que é perigosa, porque recusa-se a ver os danos sérios que está a causar à sociedade, mas também parasita, porque vive à custa dos pesados juros que nos impõe, enriquecendo em termos nunca vistos à custa da pobreza galopante que afeta os cidadãos. Porém, quando as coisas correm mal à banca, somos nós que somos obrigados a pagar a incompetência e a avareza dos banqueiros, como já aconteceu com o BPN, BPP, BES e Banif, que já nos custaram, em conjunto, cerca de quinze mil milhões de euros", disse.

Tendo em conta o exposto, o presidente do Chega exulta o governo da República a agir rapidamente, revendo as condições em que os bancos operam no país e restabelecendo um equilíbrio mais junto para as populações, em especial no que diz respeito aos créditos à habitação. “É urgente por travão nisto e calar a máquina voraz, desumana e corrupta que alimenta os bancos, ao mesmo tempo que trucida os que trabalham. Porque os PS e o PSD já provaram que não têm interesse, nem capacidade, para resolver este assunto, é preciso que os cidadãos olhem para outros lados, especialmente para o CHEGA, pois sabemos bem o que fazer para acabar com esta exploração.”