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UE contesta decisões de Caracas contra opositores políticos

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A União Europeia (UE) manifestou-se hoje preocupada com a situação política na Venezuela, nomeadamente o impedimento a membros da oposição, como Maria Corina Machado, de exercerem cargos políticos, o que "atenta contra a democracia".

De acordo com um comunicado do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, a UE "manifesta a sua profunda preocupação com as decisões destinadas a impedir os membros da oposição de exercerem os seus direitos políticos fundamentais, como foi o caso de Maria Corina Machado e de outras figuras políticas".

"Estas decisões atentam contra a democracia e o Estado de direito e só irão agravar a crise política e social que há muito se regista na Venezuela", refere ainda o alto representante para a Política Externa da UE.

Borrell lembra ainda que "a realização de eleições presidenciais credíveis, transparentes e inclusivas em 2024 é um elemento fundamental" para se chegar a uma solução pacífica na crise venezuelana.

A Controladoria Geral da Venezuela (CGR) anunciou, na sexta-feira, a opositora Maria Corina Machado, do partido "Vente Venezuela", está impedida de exercer cargos públicos por um período de 15 anos.

A decisão foi divulgada depois de Maria Corina Machado formalizar a sua candidatura às primárias da oposição, previstas para 22 de outubro de 2023, durante as quais será eleito o candidato opositor que competirá contra Nicolás Maduro nas presidenciais de 2024.

O líder opositor Juan Guaidó, condenou a decisão e acusou o Presidente da Venezuela, Nicolás "Maduro segue o caminho da Nicarágua".

"É assim que o ditador pretende continuar agarrado ao poder, perseguindo e desqualificando a alternativa democrática. Repudiamos a medida da ditadura contra Maria Corina Machado. O mundo não pode olhar para o outro lado, é necessário avançar com determinação para que a Venezuela recupere a sua democracia", escreveu na rede social Twitter.