DBRS melhora classificação de risco da Madeira para 'qualidade de investimento'
Uma das quatro mais reputadas Agências internacionais de rating, a DBRS, apreciou, esta sexta-feira, as contas e os indicadores económicos e financeiros da Região, tendo melhorado a classificação de risco para “qualidade de investimento”.
De acordo com nota da Secretaria Regional das Finanças, esta é já a segunda agência de rating, das três que avaliam as finanças da Madeira, a avaliar positivamente as capacidades financeiras da Madeira, "o que significa o atestar da sustentabilidade das finanças públicas regionais".
"A atribuição desta classificação é a confirmação da estratégia, do trabalho, da sustentabilidade orçamental e crescimento económico, potenciadas pelas finanças públicas regionais, ao longo dos anos", considera Rogério Gouveia, secretário das Finanças. Acrescenta também que isto reflecte “o reequilíbrio em curso do desempenho fiscal da Madeira, através da redução de impostos e do controlo das despesas, para além, da política de estratégia plurianual levada a efeito pelo governo regional” e atesta ainda, “a boa gestão financeira e o rigor orçamental realizados diariamente, em pleno conflito no leste Europeu com a invasão da Ucrânia, e após um período pandémico que obrigou a um esforço redobrado às contas públicas da Região”.
A mesma nota explica que este reconhecimento pode significar, uma maior apetência por dívida pública regional no mercado financeiro internacional, com a possibilidade da redução dos custos com os juros a pagar pela Região, redirecionando assim, maior disponibilidade orçamental para as despesas correntes e de investimento para benefício dos Madeirenses e Porto-santenses, sendo que, “todo o esforço de controlo das contas públicas da região, é um trabalho inacabado a que o governo regional pretende dar continuidade”.
Por outro lado, “devido as políticas levadas a cabo pelas finanças públicas regionais, a dívida pública da Madeira regista uma média abaixo da Zona Euro e um decréscimo bastante acentuado comparativamente a Portugal, sendo que, no final do 1º trimestre de 2023, o rácio de dívida pública sobre o PIB na Região, atingia os 85% comparativamente aos 114% do Estado e 92% da Zona Euro”.