Regionais 2023 Madeira

PCP rejeita modelo económico assente na precariedade laboral e baixos salários

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Ricardo Lume afirmou, hoje, que "não podemos continuar na Região com um modelo económico assente na precariedade e nos baixos salários", indicando que "o PIB está a aumentar, mas quem vive da sua força de trabalho está confrontado com a instabilidade laboral e com o empobrecimento". O deputado do PCP falava numa acção de contacto com a população no centro do Funchal.

Para Lume, o aumento da precariedade laboral é extremamente preocupante, uma vez que, de 2022 para 2023, "o número de trabalhadores com contrato a termo aumentou 10%, ou seja, já são mais de 20 mil os trabalhadores na Região com esta tipologia de contrato laboral". Além disso, "o subemprego também aumentou 9,2%, neste mesmo período, e já são mais de 4,3 mil os madeirenses nesta condição laboral, se a estes números juntarmos os falsos recibos verdes verificamos que mais de 25% dos madeirenses e porto-santenses que têm trabalho encontram-se numa situação de instabilidade laboral".

O deputado eleito pelo PCP indica ainda ser "extremamente preocupante acompanhar a evolução salarial na Região", uma vez que considera "incompreensível que no 1.º trimestre de 2023 o rendimento salarial médio mensal líquido dos trabalhadores na Região seja de 904 euros, apenas mais 29 euros, que no mesmo período do ano passado, ou seja, existiu um aumento nominal do rendimento disponível do trabalhador na ordem dos 3,3%, mas tendo em conta o aumento do custo de vida quem vive do seu trabalho perdeu poder de compra e está a empobrecer".

Ricardo Lume conclui que "os madeirenses e porto-santenses não estão condenados a esta política de exploração e empobrecimento promovida pelo PSD e o CDS, baseada na precariedade laboral e nos baixos salários, há uma outra política capaz de valorizar o trabalho e os trabalhadores, em que seja reconhecido que a cada necessidade de trabalho permanente corresponde um vínculo de trabalho efetivo, em que o trabalhador tenha um salário que valorize o seu papel determinante na criação da riqueza da Região, uma política que coloque efectivamente a Autonomia ao serviço dos trabalhadores e do povo, garantindo que é possível viver melhor na nossa terra".