Pedro Ramos apela ao cumprimento das regras nos percursos pedestres
O secretário regional de Saúde e Protecção Civil esteve hoje na Calheta para se inteirar do funcionamento de mais uma equipa integrada no POCIR
Uma das duas equipas dos Bombeiros Voluntários da Calheta que está integrada no Plano Operacional de Combate a Incêndios (POCIR) e que efectua a vigilância naquele concelho recebeu a visita do secretário regional de Saúde e Protecção Civil.
Na ocasião, Pedro Ramos, entre o balanço do alcance desta medida, que está no terreno desde o 1 de Junho, e falando da acção do meio aéreo no resgate de pessoas, fez um apelo a quem realiza percursos pedestres nas serras da Madeira para cumprir com as recomendações e apela a que não sejam percorridos trilhos que não se incluam na lista itinerários recomendados, isto numa semana em que foram já vários os incidentes ocorridos em espaços florestais da Região, um deles culminando no óbito do sinistrado.
“Não vão para os trilhos que não estão recomendados”, vincou o governante, pedindo, também, a essas pessoas “que não ultrapassem as barreiras de proibição para determinadas áreas onde podem pôr a sua vida em risco”.
O secretário com a pasta da Protecção Civil notou que “de todos os regates que fizemos ao longo do ano de 2023, foram resgates de pessoas que estavam em zonas proibidas nas serras da Madeira”.
Quanto ao POCIR, do balanço feito por Pedro Ramos, destacam-se as quase 600 equipas que têm estado no terreno deste o início do mês passando. Foram quase dois mil os operacionais envolvidos, já que cada equipa é composta por três elementos. No total, até ao momento, as equipas afectas a este plano já percorrer 37.500 quilómetros.
No apoio a esta missão, o helicóptero ao serviço da Protecção Civil regional já realizou 67 horas de voo, num total de 61 missões, onde se incluem o combate a incêndios, mas também o resgate de pessoas.
O POCIR vem sendo implementado, na Região, desde 2015, tendo sido, este ano, alargado ao Porto Santo, situação que Pedro Ramos, associando-o à presença contínua da EMIR na Ilha Dourada, tem permitido “aumentar as condições de socorro e de saúde de todas as pessoas”.
Ao longo dos tempos, o plano tem vindo a conhecer uma melhoria, naquele que é considerado um “trabalho incansável”, no sentido de serem identificadas “rapidamente todas as ignições que possam surgir”, sobretudo quando as temperaturas estão mais elevadas, avançando, a partir daí, rapidamente para o combate.
As ilações de Pedro Ramos foram corroboradas por Aleixo Abreu. O vereador da Câmara Municipal da Calheta reforçou os benefícios destas acções, ressalvando que todas as acções ligadas à prevenção dos incêndios são “extremamente importantes” para o concelho. Neste âmbito, evidencia o papel dos Bombeiros Voluntários da Calheta junto das populações, não só no combate, mas também na sensibilização para práticas adequadas com o fogo.
Também Jacinto Serrão é desse entendimento. O comandante dos Bombeiros Voluntários da Calheta realça que, apesar dos 39 operacionais que diariamente ‘varrem’ todo o concelho com duas equipas de três elementos casa, não deixa de notar a importância da colaboração das pessoas.
Esta ano, até ao momento, foram poucos os incêndios registados no concelho da Calheta, em parte graças a estas acções preventivas.