Associação dos Sargentos da GNR acusa MAI de encobrir "gritante insuficiência de recursos"
A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda (ANSG) acusou hoje o ministro da Administração Interna de encobrir a "gritante insuficiência de recursos humanos e logísticos" da GNR e de insistir "numa política de medidas paliativas e de inversão salarial".
Num comunicado enviado à Lusa, a associação que representa os sargentos da Guarda Nacional Republicana acusa também José Luís Carneiro de "falta de reconhecimento", ao longo do seu mandato, em relação "à condição, esforço e empenhamento dos militares" da GNR.
"Os sargentos da Guarda acusam o MAI [ministro da Administração Interna] de demagogia, de encobrimento da gritante insuficiência de recursos humanos e logísticos que aflige a instituição, de contribuir para o corromper da moralidade, da confiança, de promover a discricionariedade negativa e desmotivação vertical no seio da Guarda", precisa a ANSG.
A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda dá conta do "estado decadente a que chegou a GNR" frisando que "ainda funciona graças à dedicação e profissionalismo dos seus militares".
A ANSG refere ainda que outra das "intransigências da tutela" é "a negação em rever os vencimentos" dos militares da GNR, que "teima numa política de medidas paliativas e de inversão salarial", e critica o ministro por ter cortado no número de militares que vão ser promovidos.
Segundo a associação, o ministro ignorou, nas próximas promoções, "o princípio da necessidade institucional, o direito à carreira de todos que por direito já deveria ter sido promovido em janeiro de 2022".