Regionais 2023 Madeira

CDU defende combate ao uso de “mão de obra escrava” na hotelaria

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Foto CDU

A CDU esteve hoje junto à Secretaria Regional do Turismo e Cultura para denunciar "o aumento da precariedade laboral, os baixos salários e a degradação das condições de trabalho", na hotelaria, numa altura em que o sector apresenta um crescimento exponencial.

Ao longo dos últimos meses são várias as notícias que apontam para o crescimento da actividade turística na Região, o próprio Secretário Regional do Turismo e Cultura afirma que este é o melhor ano de sempre em ocupação na hotelaria e em proveitos para este sector. Porém acentua-se a instabilidade para quem trabalha, fruto do aumento da precariedade laboral, dos baixos salários, dos ritmos de trabalho acelerados, horários desregulados e repartidos que muitas vezes são incompatíveis com a vida familiar e social. Ricardo Lume, CDU

O deputado denunciou "o agravamento da exploração e da precariedade", levando ao crescimento da "mão de obra escrava na hotelaria da Madeira e do Porto Santo"., fazendo com que "graves problemas laborais constituam um grande problema de Direitos Humanos".

"Há trabalhadores em unidades hoteleiras, nalguns casos emigrantes, alojados em condições infra-humanas, a quem é descontado do ordenado a dormida e a refeição. Perante estes problemas da precariedade e de exploração, os governantes optam por uma inaceitável conivência com quem explora e beneficia, em muito, com estas formas de mão de obra escrava, afirmou Ricardo Lume.

Lembrando que "os trabalhadores do sector do turismo e similares são os principais responsáveis pelo desenvolvimento do sector na Região e os principais embaixadores da Madeira junto de quem nos visita", a CDU defende "a dignificação do trabalho, o aumento justo dos salários e a estabilidade laboral combatendo a precariedade e os horários desregulados".

Ricardo Lume afirmou que estas "são matérias decisivas para manter a Região como um dos melhores destinos do mundo para visitar e passar férias, mas também garantir melhores condições de vida a quem trabalha.”