Comunidades Madeira

“Façamos de Portugal potência da internacionalização e potência exportadora”

Pedro Reis, presidente do Conselho Consultivo da Diáspora Portuguesa no fórum Madeira Global

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Foto Miguel Espada/ Aspress

O presidente do Conselho Consultivo da Diáspora Portuguesa, Pedro Reis, começou a sua intervenção com “uma visita guiada rápida” à forma como o mudou e “como é que isso pode ajudar à captação de investimento”.

Para o também antigo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) “falta a Portugal uma visão” neste campo.

Referindo-se às intervenções anteriores, ressalvou que aplaude o tema do impacto social, mas a seu ver a solução para combater as carências de portugueses e emigrantes passa por “gerar riqueza”. O caminho, defende, passa pela internacionalização.

“Façamos de Portugal uma potência da internacionalização e uma potência exportadora”, apelou.

“Se pusermos essa lente em todas as estratégias que assumimos veremos o impacto que isso tem na actratividade do país e da Madeira”.

Para Pedro Reis é fundamental que se posicione “bem para captar mais investimento”. Apontou, neste sentido, cinco sectores fundamentais: logística, saúde, ecossistema financeiro (em particular à desintermediação bancária) defesa e energia.

A burocracia e a fiscalidade foram os principais entraves à captação de investimento apontados pelo presidente do Conselho Consultivo da Diáspora Portuguesa.

“Se a economia portuguesa fosse um carro estava bloqueado por duas pedras: à frente pela da burocracia e, em cima, pela da fiscalidade”.

Neste quadro, o Centro Internacional de Negócios da Madeira assume particular importância, sendo “de interesse nacional” e não apenas regional, defendeu.

Ainda sobre a Madeira, considerou que a Região “tem a capacidade de projectar-se além do continente”, nomeadamente através das competências digitais e que nada a impede que se crie “um hub de nómadas digitais na Madeira”.

Sobre a Diáspora alertou que temos de alterar a forma o país a encara. “Portugal precisa de apoio, de alavancas de crescimento. Nós temos de fazer pela Diáspora e não a Diáspora fazer por nós”, sublinhou.