Há 20 anos havia candidatura para transformar a ‘Fernão Ornelas’ num centro comercial
Consulte as edições de 2003, de 1997 e de 2005, neste ‘Canal Memória’
Corria o ano de 2003 quando a Madeira e Canárias decidem dedicar-se a uma candidatura comum a um INTERREG III-B, que visava uma experiência piloto de criação de centros comerciais a céu abertos nestes arquipélagos.
No caso da Madeira, caso o projecto fosse aprovado, seria criado um centro comercial a céu aberto na Rua Dr. Fernão de Ornelas, de acordo com a ACS – Associação de Comércio e Serviços da Madeira. Lino Abreu, à época presidente da ACS, afirmava que existiam “no Funchal outros espaços agradáveis onde se pode desenvolver e potenciar áreas de comércio deste tipo. Temos espaços comerciais históricos que podem ser dinamizados e com potenciais a explorar”.
Estátua flamenga está desaparecida
Em 1997 era convocada, de urgência, para se tentar apurar a localização de uma estátua flamenga, em madeira, pertencente à Diocese do Funchal, que desapareceu. A estátua deveria estar exposta no Museu de Arte Sacra, mas estava na posse de uma família madeirense para que fosse restaurada.
João Carlos Abreu, que na época era o secretário regional do Turismo e Cultura, afirmava querer aferir a veracidade das informações que davam conta de que a estátua já se encontrava fora da Região. Estávamos a falar de uma peça de valor incalculável.
Sobrevivente veio à Madeira agradecer a quem lhe salvou a vida
Doris Keller era uma das passageiras que seguia a bordo do avião suíço que, em Dezembro de 1977 se despenhou ao largo da Madeira. Em 2005 regressou à ilha para agradecer a Valério Andrade, na altura chefe de pilotos da barra do porto do Funchal.
Este avião viajava para o Porto Santo, mas antes realizava uma escala na Madeira, o que não chegou a acontecer porque, entretanto, o avião despenhou-se no mar. Valério Andrade seguia a bordo da lancha ‘Cristiano de Sousa’, uma das primeiras a chegar ao local do acidente e que ajudou a resgatar os acidentados.
“Era de noite e o que funcionava eram os reflectores dos coletes. Só ouvia pessoas a gritar e a pedir auxílio. Começámos pelas mais fáceis de socorrer, as mais leves. Éramos só dois na lancha e havia uma grande dificuldade. O mar estava coberto de combustível e era difícil de agarrar. Salvámos 19 pessoas”, contou o comandante. A bordo do avião seguiam 54 passageiros e sobreviveram 21 pessoas.