Portugal defronta o Vietname a partir das 8h30 com o pensamento único na vitória
A seleção portuguesa feminina de futebol está obrigada a vencer hoje o Vietname, num duelo de estreantes da segunda jornada do Mundial2023, marcado para Hamilton, na Nova Zelândia, se quiser continuar a sonhar com os oitavos de final.
Depois da derrota de domingo com os 'poderosos' Países Baixos, por 1-0, em Dunedin, a formação comandada por Francisco Neto ficou quase sem margem de erro, situação idêntica à das vietnamitas, derrotadas por 3-0 pelos Estados Unidos.
O jogo é determinante para os dois conjuntos, aos quais só a vitória interessa, sendo que Portugal, 21.º do ranking mundial, parte como claro favorito, perante o conjunto que ocupa o lugar 32 da hierarquia.
As conferências de imprensa dos dois selecionadores também desfizeram, aliás, quaisquer dúvidas, pois ambos prognosticaram que Portugal vai atacar constantemente, enquanto o Vietname contra-atacará de forma rápida sempre que recuperar a bola.
Para o embate da segunda ronda do Grupo E, Francisco Neto já anunciou a ausência, por lesão, da média Fátima Pinto, que se lesionou no joelho direito no jogo com as neerlandesas e vai ter de sair do 'onze'.
O técnico da formação das 'quinas' não anunciou quem a poderá substituir, sendo que a avançada Kika Nazareth é uma possibilidade.
De resto, Francisco Neto avançou que, com jogos num curto espaço de tempo, de três em três dias, é possível que faça mais substituições.
Portugal e Vietname defrontam-se na quinta-feira, pelas 19:30 (08:30 em Lisboa), no Waikato Stadium, em Hamilton, com arbitragem de Salima Mukansanga, do Ruanda.
Para continuarem na corrida aos 'oitavos', prémio para as duas primeiras colocadas de cada grupo, as comandadas de Francisco Neto precisam de bater as asiáticas, num embate entre estreantes, da segunda ronda do Grupo E.
Estados Unidos e Países Baixos empatam no grupo de Portugal
Estados Unidos, bicampeões em título, e Países Baixos, finalistas em 2019, mantiveram-se hoje na liderança partilhada do Grupo E do Mundial feminino de futebol de 2023, que inclui Portugal, ao empatarem 1-1, na segunda jornada.
No Estádio Regional de Wellington, Jill Roord deu vantagem às neerlandesas, aos 17 minutos, mas a capitã Lindsey Horan resgatou a igualdade para as detentoras de quatro êxitos (1991, 1999, 2015 e 2019) e outros tantos pódios, aos 62.
A reedição da final da última edição do Mundial, que tinha sido dominada pelas líderes do ranking da FIFA (2-0), significou o fim do recorde de 13 vitórias consecutivas das norte-americanas em fases finais de Mundiais, apesar de estarem agora invictas há 19 duelos.
Os Estados Unidos e os Países Baixos têm quatro pontos e prosseguem juntos nas duas primeiras posições da 'poule' - com superioridade das bicampeãs na diferença de golos -, algumas horas antes de Portugal e Vietname se defrontarem na cidade neozelandesa de Hamilton, após terem começado com derrotas as respetivas estreias absolutas na prova.
Quatro dias depois de terem batido as portuguesas (1-0), as neerlandesas voltaram a neutralizar um arranque pressionante das adversárias, expresso numa tentativa de Savannah DeMelo, e foram eficazes a aproveitar uma 'arrancada' de Lieke Martens, tendo Victoria Pelova tocado para Jill Roord atirar longe do alcance de Alyssa Naeher, aos 17 minutos.
As norte-americanas, que vinham de um triunfo na estreia sobre o Vietname (3-0), já não estavam em desvantagem em fases finais há 12 anos e rarearam em fluidez na primeira parte, com Trinity Rodman a importunar de fora da área a guarda-redes Van Domselaar.
Alex Morgan e Lindsey Horan criaram um par de investidas desenquadradas, sem gerar desconforto nos Países Baixos, que foram sustendo com bola as intenções dos Estados Unidos e quase elevaram a surpresa num remate de Dominique Janssen perto da trave.
A partida cresceu de ritmo depois do intervalo e regressou ao ponto de equilíbrio aos 62 minutos, quando Horan correspondeu de cabeça ao pontapé de canto cobrado na direita pela recém-entrada Rose Lavelle, marcando pela segunda ronda seguida neste Mundial.
Alternando alturas de brilhantismo e de hesitação, os Estados Unidos galvanizaram-se e viram Alex Morgan introduzir a bola na baliza contrária em posição ilegal, aos 66 minutos, enquanto Julie Ertz impediu que Esmee Brugts marcasse para os Países Baixos, aos 80.
A nona classificada do ranking mundial foi cedendo a nível físico e enfrentou as ameaças de reviravolta de Rodman, aos 82 minutos, e de Sophia Smith, 'heroína' do duelo com o Vietname, que viu Martens negar em cima da linha de golo a sua única ocasião, aos 84.