Madeira

Duas novas espécies de invertebrados descobertas nos mares da Madeira

Feito de investigadores do MARE foi dado a conhecer hoje

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Fotos DR/MARE

Investigadores do MARE – Centro de Ciência do Mar e do Ambiente "contribuíram, recentemente, para novos avanços na investigação em ecologia marinha no Arquipélago da Madeira", informa uma nota enviada hoje. "Num estudo recente descobriram Crisia noronhai sp. nov. e Amathia maderensis sp. nov., duas espécies de invertebrados totalmente novas para a Ciência", garante. 

Assim, "ao analisarem amostras de briozoários provenientes de levantamentos de espécies não indígenas em substratos artificiais ao longo da costa sul do Arquipélago da Madeira, os investigadores do MARE recolheram informação inédita sobre dez espécies de briozoários", sendo que "duas delas, Crisia noronhai sp. nov. e Amathia maderensis sp. nov., foram mesmo descritas pela primeira vez e são, por isso, consideradas novas para a Ciência".

Sendo as ilhas e os arquipélagos "rota de passagem para muitos navios", estas são consideradas "zonas férteis e propícias à introdução de espécies não indígenas (espécie de flora ou fauna que não é nativa da região onde ocorrem)". E acrescenta: "O Arquipélago da Madeira não é exceção e a transferência de espécies entre cascos de embarcações e substratos artificiais na marina é reconhecidamente alta." 

No caso, "os briozoários estão entre os grupos mais comuns de invertebrados marinhos que crescem nesse tipo de substrato. Normalmente de pequena dimensão, englobam um grande número de espécies sésseis, geralmente incrustantes, que formam colónias em substrato rochoso", explica o contexto.

Refere o MARE-Madeira que "nos últimos anos, houve avanços significativos no conhecimento sobre a temática das invasões marinhas no arquipélago, fruto da implementação de um programa de monitorização de espécies não indígenas" na última década, desde 2013.

E conclui que "entre outras vantagens, este estudo destaca a importância dos programas de monitorização nos portos para a deteção precoce de espécies não indígenas e recomenda o incentivo a estudos adicionais que investiguem a identidade e distribuição desses organismos, um importante contributo para a expansão do conhecimento sobre a prevalência de briozoários em áreas de grande biodiversidade".