Sindicato exige tratamento igual para todas as carreiras especiais do Ambiente na Madeira
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, através da sua delegação regional, anuncia o seu descontentamento, relativamente ao incumprimento da promessa da secretária do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, que anunciou que o governo da Madeira ia adiantar-se ao governo da República e aumentar todas as carreiras especiais da Região, independentemente do grau de complexidade.
Ora o que se verifica, aponta o sindicato, é um tratamento desigual aos profissionais das diferentes carreiras especiais nessa actualização salarial.
O sindicato concorda com a extensão do aumento salarial para as carreiras especiais de grau de complexidade 2, previsto no decreto-Lei n.º 84-F/2022 de 16 de Dezembro, também aos profissionais das carreiras de sapador Florestal e técnico de espaços verdes, de grau de complexidade 1, valorizando igualmente a carreira de técnico de apoios a infância, ficando excluídas as carreiras de guarda-florestal (grau 2) e o rocheiro (grau 1).
“A pergunta que se coloca, é que critérios foram utilizados para beneficiar umas carreiras em detrimento de outras? O argumento apresentado que a carreira de guarda florestal sofreu um aumento com a alteração do estatuto é no mínimo falacioso, o que se verificou na prática foi uma promoção por decreto legislativo regional. Na prática, se não se valorizar a carreira de guarda-florestal, esta é indubitavelmente a carreira especial mais mal paga do Governo Regional”, questiona o dirigente Nelson Pereira.
E a comprová-lo o sindicado apresenta números que “não mentem”, pois se retirar ao vencimento base, o subsídio de turno, um guarda-florestal encontra-se no nível remuneratório 5 (769,20), que corresponde ao salário mínimo nacional. Daí que deixe o apelo “em nome da dignificação da carreira”, à Secretaria tutelada por Susana Prada.
Julgamos que a Sra. Secretária de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, deve honrar a sua palavra e tratar todas as carreiras de forma justa e igualitária" Nelson Pereira, dirigente sindical
Recorda que na reunião realizada no dia 21, na Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, ficou acordado entre as partes, que o sindicato apresentará uma proposta de dignificação da carreira de guarda-florestal, que prevê o pagamento do subsídio de risco, uma reivindicação antiga destes profissionais.