Luís Montenegro reforça exemplo da Madeira na Saúde
No segundo dia das Jornadas 'Sentir Portugal' e à margem da visita ao Centro de Saúde da Calheta, o presidente do PSD, Luís Montenegro, fez questão de sublinhar, mais uma vez, o exemplo da Madeira na valorização dos profissionais de Saúde, por oposição a um Governo da República que, nesta matéria, “está a falhar de forma evidente”.
Declarações que surgem a propósito da greve dos médicos que hoje afecta todo o País e que, segundo frisou, “está a ter, na Região, um efeito nulo”, precisamente pelas políticas acertadas que o Governo Regional tem vindo a assumir, não apenas do ponto de vista da "melhoria dos serviços", mas, também, no que toca à "valorização e ao reconhecimento" dos profissionais.
“Aqui, na Região, uma greve nacional tem um impacto praticamente nulo, o que vale para podermos analisar quais são as condições que aqui são dadas aos profissionais de Saúde, qual a atratividade que as carreiras merecem e o investimento que o Governo faz na progressão das carreiras e no incentivo à produtividade”, frisou, realidade essa bem diferente daquela que se vive a nível nacional. Aliás, reforça, “se o Governo da República não tratar deste assunto (já vamos tarde), vamos perder os recursos humanos para o setor social e privado e vamos criar uma grande desigualdade no acesso aos cuidados”.
Luís Montenegro que, na oportunidade e em resposta aos meios de comunicação social presentes, criticou, também, a inércia do Governo de António Costa, reagindo às declarações do Ministro das Finanças quanto ao reforço do apoio às famílias no crédito à habitação.
"Temos em Portugal um Governo que funciona sempre a reboque dos acontecimentos, sempre tarde e a más horas. Nós, há mais de um ano, há cerca de um ano e três meses, alertamos o Governo para a circunstância de um processo inflacionista que iria acarretar a subida das taxas de juro e que, por sua vez, iria desembocar nas dificuldades redobradas das famílias e, em particular, das mais jovens, em poderem pagar as prestações dos seus créditos à habitação e que era preciso tomar medidas para mitigar esse efeito”, lembrou, frisando que as medidas apresentadas a nível nacional surgem sempre "mais tarde do que deviam", que as famílias portuguesas continuam à espera de medidas concretas para enfrentar este problema e que, mais uma vez, ao contrário do que sucede no País, a Madeira "é exemplo, designadamente na construção de Habitação a preços acessíveis", também visível no concelho da Calheta.
O presidente do PSD que, neste contexto, aludiu ainda ao programa apresentado a 14 de Fevereiro pelo seu Partido, relativamente à área da Habitação, no qual também já constavam medidas para atenuar o agravamento dos créditos à habitação.
"Estamos a 25 de Julho e só agora é que o Governo anuncia medidas”, criticou, frisando que tudo isto surge numa altura em que os portugueses pagam cada vez mais impostos. “A sociedade que nós estamos a criar é esta: as pessoas trabalham para pagar impostos, as empresas produzem para pagar impostos, os salários são baixos, as empresas não são competitivas e nós não temos capacidade de atrair investimento e, com isso, não retemos os talentos que vamos gerando nas Universidades, por isso é fácil constatar que o modelo está todo mau”, disse, deixando claro, mais uma vez, que é preciso, também aqui, “olhar para o que se faz na Madeira”, designadamente no que toca à política fiscal.