Putin promulga lei que aumenta a idade máxima dos reservistas para 55 anos
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje uma lei que eleva para 55 anos a idade máxima de algumas categorias de reservistas, medida que será implementada por fases de 2024 a 2028, noticiou a imprensa local.
Segundo a lei, a alteração aplicar-se-á aos reservistas que sejam soldados rasos, fuzileiros, sargentos, oficiais subalternos, alferes e aspirantes.
A partir de 01 de janeiro de 2024, está prevista uma fase de transição até 01 de janeiro de 2028, durante a qual as idades de dispensa da reserva aumentarão gradualmente.
A idade de dispensa da reserva para as oficiais varia, consoante o grau, entre os 50 e os 70 anos.
Com a guerra na Ucrânia como pano de fundo, a Rússia tomou medidas para aumentar o exército sem a necessidade de novas mobilizações, profundamente impopulares, promovendo contratos mais atrativos para servir nas forças armadas e o recrutamento de voluntários.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.