Albuquerque apela ao sentimento madeirense contra o "colonialismo" e o "socialismo"
'Madeira é livre e livre será, cobiça tão linda no mundo não há'. A canção de Tony Cruz que no pós-25 de Abril chegou a ser ligada ao separatismo, foi a música de fundo da intervenção de Miguel Albuquerque.
O líder do PSD-M apelou ao sentimento madeirense, contra o "centralismo" e o "colonialismo".
Agradeceu a grande mobilização do partido e deixou claro que "não há eleições ganhas antes da contagem dos votos".
"Não há triunfalismos", sublinhou e, com uma grande bandeira da Região na mão, lembrou as lutas pela autonomia.
"A luta continua pela Autonomia", disse, e motivou nova ovação.
Albuquerque lembrou os quatro anos de mandato no governo, com uma pandemia e a recuperação económica e voltou a exigir que o Estado cumpra as suas responsabilidades, na Saúde e na Educação.
A menor taxa de desemprego em 16 meses, impostos mais baixos e a "dívida pública mais baixa do país e da Europa", foram destaques numa intervenção em, por várias vezes, disse que o que os madeirenses "não querem é socialistas para isto voltar tudo para trás".
O PSD-M tem eleições a 24 de Setembro, para ganhar, mas depois vai "ajudar" Montenegro a ganhar as 'europeias' e a ser primeiro-ministro.
Mas fez questão de dizer ao líder nacional, "olhos nos olhos" que não pode ter problemas em dizer que a Madeira precisa de mais autonomia e de uma revisão das finanças regionais e que não vai ficar "à espera de Lisboa" para continuar a se desenvolver.
Só no final do discurso dez uma referência à coligação PSD/CDS 'Somos Madeira', pela qual o partido vai "apelar ao voto".