Portugal garante valorizar emigrantes nas Ilhas do Canal
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas visita ilha de Guernsey para mostrar regresso de presença consular
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo está em Guernsey, uma das ilhas do Canal, a par de Jersey, para assegurar que o novo serviço consular de Portugal aos emigrantes ali radicados está a correr a contento dos que dela precisarem.
De acordo com o governante "na ilha onde vivem muitos portugueses, maioritariamente originários da Madeira", destaca "o facto de, pela primeira vez, um secretário de Estado das Comunidades Portuguesas" ali se deslocar. "Este é um aspecto relevante porque significa que o Governo Português está a dar importância a esta comunidade, que muito nos orgulha".
Paulo Cafôfo revelou ainda que nas conversas que teve com o primeiro-ministro do Governo de Guernsey, "as qualidade humanas e de trabalho e a sua capacidade empreendedora, foram factores realçados" pelo seu interlocutor. "Por isso, esta minha deslocação aqui, também, acaba por ser uma forma de valorização e de reconhecimento, porque as pessoas, a nossa comunidade aqui sentia-se um pouco esquecida e esta minha presença tem uma leitura que é 'nós não esquecemos quem nunca se esqueceu do nosso país e da nossa região'", frisou.
Além de visitar empresas "empresas de portugueses que empregam portugueses" na ilha, o governante destacou que estão representados nas "áreas da Construção, da Restauração, mas também da Manutenção e Jardinagem, onde temos importantes empresas que aqui contribuem e têm contribuído ao longo dos anos para o desenvolvimento de Guernsey".
A revelar esta nova presença consular de Portugal junto desta comunidade, Câfofo relembra que "depois de 15 anos foram retomadas as presenças consulares" e "no dia de hoje estão a ser atendidas mais de 100 pessoas, que não necessitam de se deslocar a Jersey ou mesmo a Londres, porque aqui podem renovar o seu passaporte, o seu cartão do cidadão", exemplifica.
Garante que "tem sido uma afluência que muito nos satisfaz", o que leva o governante a concluir que "esta aposta de proximidade, de levar o Consulado para junto das pessoas, nomeadamente estas que estão numa ilha e pelo factor geográfico estão limitadas na sua intenção ou necessidade de renovar documentos ou outros actos consulares, são para continuar. Fazem toda a diferença, porque evitam que as pessoas tenham custos de deslocação e possam poupar tempo, em vez de irem para Jersey ou para Londres, pelo que queremos dar continuidade a estas presenças consulares", conclui.