Associativismo na imprensa
DIÁRIO integra novos órgãos sociais da API que foram eleitos hoje
Boa noite!
A Associação Portuguesa de Imprensa (API), da qual o DIÁRIO faz parte, elegeu hoje os seus novos órgãos sociais por unanimidade e aclamação. Uma ocasião para traçar rumos, agora sob o comando de Cláudia Maia, directora e editora de publicações da Deco Proteste Editores.
Na hora da mudança, cumpre-nos agradecer em primeiro lugar ao anterior presidente da API e representante do grupo Impresa Publishing ao longo de mais de duas décadas. João Palmeiro não só foi decisivo na afirmação desta associação como órgão fundamental na defesa do sector, como foi solidário com o nosso jornal na era da concorrência desleal e selvagem, fase de desregulação do mercado felizmente ultrapassada, quando o governo regional deixou de ter um jornal onde espatifou 50 milhões de euros e optou por criar apoios transparentes e justos à imprensa madeirense. Obrigado João pela luta bem sucedida em nome da liberdade de expressão e da independência editorial.
Na hora do “poder de informar”, lema com o qual Cláudia Maia se candidatou ao mandato que hoje começa, com o DIÁRIO a fazer parte da Mesa da Assembleia Geral, estamos convictos que a força da API - que conta com 200 empresas associadas e representa cerca de 450 títulos de âmbito nacional, regional, local, técnico, profissional e especializado - gerará futuro. Um futuro que se faz de desafios que são “oportunidades para reforçar o seu papel enquanto garante de uma sociedade informada e democrática".
Entre os muitos que se colocam ao sector num País marcado pela desertificação das notícias, há "a mudança de hábitos no consumo de informação e a emergência de novas tecnologias”, de forma a fazer chegar a informação aos públicos mais jovens, que são o garante da democracia e da sustentabilidade do sector”. Mas também um “plano de acção para a transição digital, que passará pela definição de estratégias de produção, distribuição e monetização do conteúdo digital dos media nacionais”.
Os problemas estão garantidos e oscilam entra a diminuição de receitas publicitárias, a perda das assinaturas tradicionais, o aumento do custo das matérias-primas, as falhas reiteradas na distribuição de jornais e revistas, a lenta e difícil transição para o digital e a rápida disseminação de desinformação nas redes sociais, aspectos que segundo a nova presidente da Direcção da API “têm colocado em risco a sustentabilidade económica dos meios de comunicação social, mas também a credibilidade dos profissionais que nele operam”.
A sorte é que há um rumo definido para que sejam encontradas soluções que mantenham a imprensa viva e actuante. E gente disponível, como a Cláudia Maia e a sua equipa, para zelar pelas grandes causas.