Aumentaram em 2022 os migrantes auxiliados a regressar a casa pela OIM
Mais de 69.000 migrantes foram ajudados a regressar voluntariamente a casa em 2022 pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), um aumento de 39% em comparação com o ano anterior, divulgou na terça-feira esta agência da ONU.
Entre os auxiliados estavam 54.001 migrantes atendidos no âmbito dos programas de Regresso e Reintegração Voluntária Assistida (AVRR) da OIM, bem como 15.281 migrantes assistidos a regressar dos contextos humanitários da Líbia e do Iémen, no âmbito dos programas de Regresso Humanitário Voluntário (VHR) da OIM, destaca esta organização, num comunicado sobre o mais recente relatório relativo ao processo de regresso e reintegração.
O relatório, que partilha detalhes e tendências de regressos voluntários auxiliados pela OIM, destaca ainda um aumento de 70% no número de migrantes em situações vulneráveis que receberam assistência para regressar voluntariamente, de 4.446 em 2021 para 7.561 em 2022.
A proporção de migrantes em situações vulneráveis aumentaram constantemente durante os últimos cinco anos, o que ressalta a necessidade de proteção especializada e a experiência da OIM nesta área, sublinhou este organismo na nota de imprensa.
"O aumento relatado de migrantes em situações vulneráveis nos principais destaques de regresso e reintegração de 2022 ressalta a importância de que esteja disponível uma abordagem baseada em direitos e garantias de proteção especializada personalizada para aqueles que precisam", realçou Yitna Getachew, diretora da Divisão de Proteção da OIM, citada no comunicado.
Geograficamente, o Médio Oriente e o Norte da África ultrapassaram o Espaço Económico Europeu como a principal região anfitriã, respondendo por 33% do total de casos.
O Níger foi o principal país de acolhimento com um total de 15.097 migrantes auxiliados para o regresso, confirmando a tendência dos anos anteriores com um aumento de regressos de países de trânsito noutras regiões de acolhimento fora do Espaço Económico Europeu.
Para garantir que os migrantes tenham acesso a apoio, oportunidades e acompanhamento personalizados para permitir que recuperam a estabilidade económica, social e psicossocial nas suas comunidades de origem, a OIM forneceu mais de 170.000 assistências relacionadas com a reintegração antes do regresso ao país anfitrião ou após a chegada ao país de origem, explicou ainda este organismo.
Esta agência da ONU e os seus parceiros desenvolveram ferramentas para apoiar uma abordagem baseada em direitos para o regresso e reintegração, assentes em processos que colocam os indivíduos no coração de cada decisão ou em processos relacionados com o seu regresso e reintegração, com uma forte ênfase no seu bem-estar e na proteção dos seus direitos.
A OIM é a agência da ONU responsável pela gestão das migrações internacionais e uma das principais agências humanitárias, beneficiando anualmente dos seus projetos mais de 30 milhões de pessoas, em resposta a situações de crise e conflito em todo o mundo.