Madeira

"Atrasos no POC permitem favorecimento imobiliário na Praia Formosa", diz CDU

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No quadro das 'Conversas Ecologistas', decorridas nesta tarde no 'Espaço CDU', no Funchal, a dirigente nacional do Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV), Manuela Cunha, afirmou que os participantes colocaram preocupações sobre problemas ambientais, "de entre os quais se destacou o anunciado procjeto urbanístico para a Praia Formosa".

A este propósito, Manuela Cunha afirmou que projecto urbanístico "é inaceitável", porque conforme explica, "constitui mais uma forma de pressão e de risco sobre o litoral, num momento, como é do conhecimento público, se prevê a subida do nível do mar".

Os repetidos atrasos na aprovação do POC, do prometido plano de ordenamento da orla costeira para a Madeira, visam prolongar as portas abertas a este tipo de agressão ambiental. Depois de todo o aparato público, no início deste ano, na apresentação do que deveria já ser o POC para a Ilha da Madeira, e da sua colocação em consulta pública, o Governo Regional venha agora dizer que a sua aprovação fica remetida para um qualquer futuro incerto Manuela Cunha, dirigente nacional do Partido Ecologista 'Os Verdes'

Nesta iniciativa da CDU, Manuela Cunha lembrou ainda que "a legislação que obriga à realização de POC data de 1994. E, até hoje, lamentavelmente, repetem-se as "falsas partidas". "Falsas partidas" essas que vão deixando a porta aberta a projetos como o anunciado para a Praia Formosa", afirmou.

Nas 'Conversas Ecologistas' foram ainda abordadas outras questões como a poluição por navios de cruzeiro no porto do Funchal; a construção da Estrada das Ginjas; o anunciado Teleférico para o Jardim da Serra/Curral das Freiras; o problema da aquacultura; e a candidatura de levadas da Madeira a património da humanidade, "à volta da qual o Governo Regional da Madeira faz muita demagogia, mas que ficou muito longe de ser uma candidatura capaz de potenciar a preservação integral daquele património e o desenvolvimento sustentável da Região".