Reino Unido vai reforçar reservas militares
O Governo britânico vai gastar mais 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros) para reforçar as reservas de equipamento militar e de munições em resposta à invasão russa da Ucrânia.
Embora as reservas de munições ocidentais tenham sido reduzidas pela ajuda a Kiev, o investimento faz parte de uma atualização da estratégia militar do Reino Unido que "retira lições da guerra na Ucrânia e das ameaças mais vastas à nossa segurança", vincou o Governo em comunicado.
"Temos de nos adaptar e modernizar para fazer face às ameaças que enfrentamos, aprendendo as lições da invasão não provocada do Presidente [Vladimir] Putin da Ucrânia", afirmou o ministro da Defesa, Ben Wallace.
O documento prevê igualmente a criação de uma força de combate capaz de intervir de forma rápida em todo o mundo numa base de "chegar primeiro".
O objetivo é tornar o exército britânico "uma superpotência científica e tecnológica", aumentando as capacidades em termos de robótica e de armas de nova geração.
"Nos últimos dois anos, o mundo mudou e as ameaças e os desafios evoluíram, nomeadamente com a invasão russa em grande escala da Ucrânia", sublinhou o governo britânico, que reivindicou ser o principal apoiante militar de Kiev, a seguir aos Estados Unidos.
Estes anúncios surgem na sequência de uma recente atualização das prioridades do Reino Unido em termos de política externa, que descreveu a Rússia como a principal ameaça à segurança nacional britânica e a China como um "desafio a longo prazo".