Joaquim Sousa quer estender "onda verde" à Madeira
O licenciado em ensino de Geografia Joaquim Sousa é o cabeça de lista do PAN às eleições na Madeira, em 24 de Setembro, para tentar o regresso do partido ao parlamento regional e trazer a "onda verde" à região.
A candidatura, subordinada ao lema 'Melhor é possível!", foi hoje apresentada nas instalações da Reitoria da Universidade da Madeira, no Funchal, contando com a presença da porta-voz do PAN, Inês Corte Real, que termina uma visita de três dias à região.
"Um voto, seja no PSD, seja no PS, não fará a diferença. Mas um voto no PAN, nesta equipa bastante comprometida e que tem demonstrado ao longo do seu trabalho que é capaz de fazer a diferença e honrar o compromisso com os eleitores fará certamente", disse a também deputada do Pessoas -- Animais -- Natureza à agência Lusa.
Inês Corte Real salientou que o objetivo é fazer com que "esta onda verde não só chegue à Madeira, mas, acima de tudo, demonstrar que é 'melhor é possível' para a vida dos madeirenses".
A líder nacional do Pessoas -- Animais -- Natureza salientou que a candidatura do PAN é "um projeto diferenciador do que tem sido o conservadorismo que tem marcado a região autónoma nestes anos de governação, a hegemonia (PSD) que tem estado presente e as sucessivas maiorias absolutas que em nada enriquecem a democracia e o pluralismo que devem existir".
"Estamos confiantes que vamos ser capazes de resgatar e recuperar a confiança dos eleitores naquela que é a representação do PAN", insistiu, recordando que o partido elegeu um deputado para a Assembleia Legislativa da Madeira em 2011 e tem cinco representantes nas autarquias da região (assembleias municipais e de freguesia).
Para o PAN, é "fundamental ser uma voz ativa a nível local e nacional", sublinhou.
Inês Corte Real recordou que foi o deputado eleito na Madeira, quando o PAN tinha pouco tempo de formação, que conseguiu fazer aprovar uma lei pioneira que acabou com a utilização de animais selvagens nos circos e que foi depois replicada a nível nacional.
"Isso demonstra a força de um lugar de causas, de ideários, e ainda acreditamos nesta capacidade de fazermos a diferença transformadora pela positiva", afirmou.
A porta-voz nacional falou das preocupações que vão estar em destaque, enunciando as relacionadas com a sustentabilidade, a transformação através da economia verde, num "paraíso único" como a Madeira, que tem o mar que "pode ser um aliado no combate às alterações climáticas".
Também a capacidade de fixação dos mais jovens no território, a importância do acesso à habitação, os direitos sociais, as preocupações com um serviço nacional de saúde capaz de dar resposta "para que as pessoas não tenham de ir ao continente" e a proteção animal, que não pode "ficar para trás".
Por seu turno, o candidato Joaquim Sousa disse que este projeto é a "nova esperança que pode tirar a Madeira de uma longa escuridão política", visando criar condições para "um governo verdadeiramente autonomista" na saúde, educação e ambiente.
Entre outros aspetos, indicou que "a Madeira já foi a pérola e o jardim do Atlântico", tendo no turismo uma das suas principais atividades económicas, mas, defendeu, este deve ser um setor "sustentável que não descaracterize a região".
Joaquim Sousa enfatizou que o objetivo da candidatura é tornar a Madeira "mais humana", admitindo que "a batalha pela frente será longa", assim como o caminho para a eleição de um deputado.
"Sim, podemos gerar oportunidades e criar prosperidade, respeitando a natureza, apostando no desenvolvimento sustentável", sustentou.
E Joaquim Sousa reforçou: "A partir de hoje, assumimos aqui a missão de dar início a um novo capítulo da história do desenvolvimento da Madeira, com três palavras que ecoarão do mar à serra: melhor é possível".
Joaquim Sousa é licenciado em ensino da Geografia e tem pós-graduação em gestão e administração escolar, é membro do conselho científico de várias conferências internacionais sobre o Ambiente, Alterações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável.