Rússia denuncia forte ataque de 'drones' ucranianos a Sebastopol
O Ministério da Defesa da Rússia denunciou hoje um forte ataque de 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) ucranianos contra a cidade de Sebastopol, na Crimeia, base da frota russa do Mar Negro, e afirmou que todos foram "neutralizados".
"Uma tentativa do regime de Kiev de realizar um ataque terrorista com sete veículos aéreos não tripulados e dois semi-submersíveis não tripulados contra alvos no território da península da Crimeia, perto da cidade de Sebastopol, foi frustrada hoje de manhã", disse o departamento governamental russo, num comunicado.
Segundo a nota, dois 'drones' foram destruídos pela defesa aérea e cinco outros neutralizados por meios eletrónicos sem atingir os seus alvos.
Além disso, na parte norte do Mar Negro, duas embarcações não tripuladas das Forças Armadas ucranianas foram descobertas e eliminadas.
"Como resultado do ataque terrorista frustrado, não houve vítimas ou danos", disse o ministério russo.
Anteriormente, o governador de Sebastopol, Mikhail Razvozhaev, também já tinha dado conta do ataque, que descreveu como "maciço e prolongado".
Desde o ataque de outubro passado que danificou a ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia, a península anexada tem sido alvo de frequentes ataques com 'drones' e mísseis.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de quase 15 milhões de pessoas -- internamente e para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Atualmente, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra mais de 8.000 civis mortos e cerca de 14.000 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.