Filipe Sousa 'ataca' Susana Prada por causa da água
A Câmara Municipal de Santa Cruz vem, através de comunicado, criticar a secretária do Ambiente por ter anunciado “tarde e mal” 30 milhões de euros para combate às perdas de água, através do programa comunitário 20/30. A notícia fez a manchete de hoje do DIÁRIO.
“Vem tarde porque há anos que andamos a reclamar um investimento consistente por parte do Governo Regional no combate às perdas de água, tratando toda a Região por igual e não tendo o Governo Regional como gestor ‘contratado’ da empresa pública ARM, em prejuízo dos municípios e das populações que querem manter a soberania das suas águas e dos seus resíduos, como aliás prevê a autonomia do poder local”, diz a autarquia presidida por Filipe Sousa, que acusa Susana Prada de já ter podido fazer uso aos milhões do PRR “e assim já estaríamos a executar fisicamente o importante investimento regional de combate às perdas de água”.
Sublinha ainda que “vem mal porque, mais uma vez, aproveita para atacar municípios que não são do eixo PSD/CDS, caso concreto de Santa Cruz e da Ponta do Sol, dando a ideia errada de que só nestes municípios existem perdas de água, e passando por cima de evidências como é o caso do Município de Machico, que embora tendo as águas geridas pela ARM, tem perdas muito superiores a Santa Cruz”.
Mais ainda a Câmara de Santa Cruz que “em relação aos municípios da ARM, a senhora secretária prefere a prática desonesta de roubar água e Santa Cruz para tapar a incompetência da ARM e para beneficiar os municípios cor de laranja”.
O município presidido por Filipe Sousa não poupa nas palavras e ataca de forma frontal a titular da pasta do Ambiente: “Se a senhora secretária tivesse vergonha na cara, e ética política, devia era reconhecer o esforço que Santa Cruz está a fazer no combate às perdas (mais de 6 milhões de fundos próprios), quando no tempo do PSD não se investiu nem um tostão”.
Por isso, “e dada a prática desonesta da senhora secretária, só fazemos votos para que o acesso a estes 30 milhões se faça com equidade, igualdade e justiça. Ou seja, e ao contrário do que já aconteceu no passado, que estes avisos de abertura de candidaturas a milhões da União Europeia, não venham viciados à nascença, com milhões a correrem apenas numa só direcção e com umas gotas a serem distribuídas pelas câmaras e pelas populações que, democraticamente, escolheram diferente”, conclui o comunicado da autarquia santacruzuense.