Madeira vai “ponderar custos” de entrada gratuita nos museus
O presidente do Governo Regional disse hoje que a Madeira vai ter de “pensar nas despesas correntes”, nomeadamente as que advêm da manutenção das peças em exposição – antes de tomar a decisão de tornar gratuita para residentes a entrada nos museus sob alçada do executivo, aos domingos e feriados.
“Vamos ver isso, porque neste momento nós temos que, por um lado ter os museus a funcionar bem, mas temos que pensar nas despesas correntes. Portanto, nós não vamos entrar em loucuras por abrir ao fim-de-semana. Vamos ver. Temos que ponderar os custos”, porque “os museus exigem sempre a manutenção dos espaços, exigem a aquisição de acervos, a boa gestão das peças, portanto tem uma despesa corrente muito elevada”, afirmou Miguel Albuquerque aos jornalistas, quando questionado sobre se a Região iria seguir o exemplo do continente, na sequência do anúncio do ministro da Cultura.
Pedro Adão e Silva avançou, na quarta-feira à noite, durante o programa ‘Grande Entrevista’, na RTP3, que o Estado vai passar a ser gratuita aos domingos e feriados para os residentes em Portugal e paga para os turistas estrangeiros.
Apesar de ressalvar que “é preciso ter pessoal disponível [aos domingos] para a fiscalização e o controlo numa entrada museu” de modo a “manter a qualidade”, Albuquerque admitiu que “não há qualquer impedimento” em que tal possa vir a acontecer na Madeira no futuro.
O governante salientou, todavia, que a Região dispõe de “um conjunto de ofertas nos museus, mesmo durante a semana”, destinados por exemplo aos idosos e crianças. “O melhor serviço que nós temos são os chamados os serviços educativos nos museus”, que “existe na maioria dos museus da Região, porque “a ida das escolas aos museus faz com o público-alvo aprenda a visitar os museus, a conhecer os museus e cria essa rotina”, concluiu.