A Madeira continua a ter preços médios por metro quadrado mais altos do país nos negócios de compra e venda de casas, tendo registado uma média de 1.697 euros/m2. Apesar disso, no primeiro trimestre de 2023, há a registar uma diminuição de 5,2% face ao trimestre anterior, apesar de comparativamente ao trimestre homólogo ter-se registado um aumento de 7%.

Os dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostram que "no 1.º trimestre de 2023, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.565 €/m2, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de +7,6% (+10,7% no trimestre anterior). O preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 20 sub-regiões NUTS III, destacando-se os crescimentos da Lezíria do Tejo (+17,5%), Algarve (+16,6%), Leiria (+15,9%), Cávado (+15,6%) e Área Metropolitana de Lisboa (+15,2%)", explica.

Apesar de não estar entre os maiores aumentos, a RAM figura entre as "quatro sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados" - Algarve, áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto são as outras - "apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador". E acrescenta: "O valor mediano da Região Autónoma da Madeira também foi superior ao nacional (1.697 €/m2), embora a taxa de variação homóloga (+7,0%), tenha sido inferior."

Mais, diz o INE que, "tomando como referência as vendas efetuadas durante os 12 meses entre Abril de 2022 e Março de 2023, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.509 €/m2, aumentando 1,7% relativamente ao ano acabado no trimestre anterior e 12,1% relativamente ao ano acabado no trimestre homólogo", sendo certo que, também aqui, "o preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas subregiões do Algarve (2.429 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (2.166 €/m2), Área Metropolitana do Porto (1.646 €/m2) e Região Autónoma da Madeira (1.582 €/m2)", aponta

Funchal entre os grandes municípios com maiores quebras

"No 1º trimestre de 2023, 14 dos 17 municípios com mais de 100 mil habitantes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto apresentaram taxas de variação homólogas superiores à nacional, tendo o município de Loures (+26,5%) registado o valor mais elevado e o de Lisboa (+9,2%) o mais baixo", refere. Contudo, "Lisboa apresentou, pela primeira vez desde o 1º trimestre de 2020 (início da corrente série), uma taxa de variação homóloga superior à do país".

"Em 14 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação", garante o INE, "destacando-se com decréscimos superiores a 10 pontos percentuais, Coimbra (-16,5 p.p.), Santa Maria da Feira (-14,0 p.p.), Vila Franca de Xira (-11,0 p.p.) e Funchal (-10,2 p.p.). No município do Porto o valor foi -6,5 p.p.. O município de Lisboa registou um acréscimo +1,2 p.p.", realça.

Contudo, destaca que "entre os municípios com mais de 100 mil habitantes fora das áreas metropolitanas, apenas o Funchal apresentou simultaneamente um preço mediano (2.233 €/m2) e crescimento homólogo (13,3%), superiores ao nacional. Todos registaram taxas de variação homóloga superiores à do país, com excepção de Coimbra (+2,6%)", confere.