Mais do que não gostar é sobretudo não acreditar
Na recente visita à RAM António Costa (AC) confrontado com o seu reiterado incumprimento das promessas enganosas feitas aos lesados do Banif de conseguir uma solução para minimizar os seus prejuízos e faltando-lhe argumentos credíveis para contrapor a quem o questionou, não teve qualquer pejo em recorrer à primeira “aldrabice” que lhe veio à ideia e imputar responsabilidades para o MP que nada tem a ver com o assunto. Aliás se calhar o MP deveria antes investigar as eventuais responsabilidades do governo de AC na divulgação pública de notícias e na célebre carta enviada para Bruxelas que desencadearam a queda do Banif.
Gabou-se AC que não foi a oposição mas o seu governo, como se tal não fosse uma atribuição exclusiva do mesmo, a “baixar” o IRS no que parece ser mais uma das suas mistificações, já que na prática reduz a retenção na fonte mas em contrapartida penaliza o reembolso final. AC não se gaba mas deveria também gabar-se de manter o incremento “obsceno” das taxas e impostos arrecadados à conta da inflação e à custa dos portugueses e que tanto os penaliza. Teve o seu quê de ridículo ver AC remeter para a oposição o ónus da não redução da atual carga fiscal, a maior de sempre, quando a mesma é da responsabilidade exclusiva da sua governação que cavalga a inflação apenas com o fito nos brilharetes com o défice e aumento da receita fiscal continuando num registo de austeridade a penalizar investimento público essencial. A redução do IRS de que AC agora se ufana há muito que deveria ter sido efetivada como reclamava a oposição que também reclama a redução de outros impostos e taxas para aliviar o impacto negativo da inflação na economia e no dia a dia dos portugueses. AC lamuriou-se que a população da RAM não gosta do PS. Creio contudo que mais do que não gostar do PS é sobretudo não acreditar em AC fruto das suas inúmeras promessas que afinal não passaram de mentiras durante mais de 7 anos de governação.
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