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Ucrânia convidada a aderir à NATO quando cumprir condições e sem "calendário"

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Foto AFP

O secretário-geral da NATO anunciou hoje que o convite para a Ucrânia aderir à NATO será feito "quando houver concordância" de todos os Estados-membros e "as condições estiverem reunidas", e que nunca houve um calendário.

"Vamos convidar a Ucrânia [a aderir] quando os aliados concordarem e assim que as condições estiverem reunidas", disse Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no final do primeiro dia da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Vílnius, na Lituânia.

Os jornalistas questionaram várias vezes o secretário-geral da Aliança Atlântica sobre as críticas feitas pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que considerou "absurdo" não haver um calendário para a adesão do país.

Stoltenberg rebateu que "nos outros processos de adesão nunca houve um calendário": "Não é uma questão de calendário, é uma questão baseada em condições."

Apesar de não ter um calendário ou um convite, a Ucrânia será dispensada de apresentar um Plano de Ação para Aderir (MAP), requerido pela organização a todos os países que querem integrá-la.

"Isto vai alterar o caminho de adesão de um processo de duas etapas para uma etapa, mas quando as condições estiverem reunidas", reforçou.

E mesmo "uma etapa" não é sinónimo de uma adesão imediata, alertou Jens Stoltenberg.

O secretário-geral preferiu concentrar-se no "programa de assistência multianual para a transição da era soviética para os padrões" da Aliança Atlântica e através do "apoio prático" para reforçar "a interoperabilidade" entre as Forças Armadas da Ucrânia e os destacamentos ao serviço da NATO.

Tudo isto, advogou Stoltenberg, "vai aproximar a Ucrânia da NATO" e vai fazer avançar o processo de adesão, que ainda não tem data e que, explicou, não pode sequer ser equacionado enquanto prosseguir o conflito.

Nos curtos momentos da conferência de imprensa que não estiveram dominados pela questão Ucrânia, o secretário-geral da NATO reconheceu que a China "não é um adversário" e que os 31 Estados-membros têm de trabalhar com Pequim, mas reconheceu a cada vez mais proeminente "assertividade chinesa afeta a segurança" dos aliados e a modernização das Forças Armadas chinesas "sem precedentes e que está a ser feita sem transparência".

Frisou ainda a insistência de Pequim em não condenar a Rússia pela agressão à Ucrânia.