A Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) publicou a série retrospectiva para o sector das Comunicações na Região Autónoma da Madeira (RAM), actualizada com os valores de 2021. De acordo com os dados disponibilizados pela ANACOM, o número de clientes residenciais de redes e serviços de alta velocidade em local fixo fixou-se, no 4.º trimestre de 2021, nos 82,7 mil. Comparativamente ao trimestre homólogo, o crescimento foi de 7,6% (+16,1% face ao 4.º trimestre de 2019).

Segundo a DREM, no 4.º trimestre de 2021, a taxa de penetração dos clientes residenciais face aos agregados domésticos privados da RAM ascendeu aos 87,1%, +3,4 pontos percentuais (p.p.) que no período homólogo. Se comparada com o mesmo trimestre de 2019, a variação desta taxa foi de 11,2 p.p.. Segundo informação publicada pela ANACOM, a taxa regional superou a nacional (79,5%) em 7,6 p.p..

"Esta tendência de crescimento também se tem verificado nos alojamentos cablados de alta velocidade na RAM, quer nas redes de fibra ótica FTTH (Fiber to the Home), a principal tecnologia de acesso em local fixo, assim como nas redes de TV cabo HFC (Hybrid Fiber-Coaxial). No final do 4.º trimestre de 2021, o número de alojamentos da RAM cablados com fibra ótica (FTTH/B) por todos os operadores rondava os 163,9 mil, evidenciando um crescimento homólogo de 6,7% (+26,2% que em 2019). Se se considerar os alojamentos preparados para receber estes serviços, mas suportados em redes de TV por cabo, a RAM, neste trimestre, tinha cerca de 75,1 mil alojamentos, o mesmo valor que no mesmo trimestre de 2020, mas superior ao do 4.º trimestre de 2019 (+2,5%)", refere.

No que diz respeito aos acessos à Internet em banda larga em local fixo, em 2021, a penetração atingiu 40,8% da população da RAM (38,9% em 2020; 37,5% em 2019), que compara com 41,6% no País. O Porto Santo (53,1%), o Funchal (45,0%) e a Calheta (43,4%) eram os municípios com as taxas de penetração mais elevadas, em contraponto com Câmara de Lobos (31,6%), Ribeira Brava (34,6%) e Santana (35,3%), que tinham as taxas mais baixas. Em termos absolutos, em 2021, o número de acessos à internet em banda larga (em local fixo) no segmento residencial era de 87,0 mil e no não residencial de 15,5 mil, o que perfazia um total de 102,6 mil (+3,8% que em 2020; +7,7% face a 2019). A pandemia e os consequentes confinamentos justificam a evolução positiva destes indicadores, devido sobretudo à intensificação do teletrabalho e da utilização da internet verificada entre 2020 e 2021.

O número de assinantes de serviços de televisão através de subscrição tem aumentado de forma constante ao longo do tempo. Em 2004 - primeiro ano para o qual está disponível este indicador - este número era de 65,5 mil, sendo que, em 2021, contabilizaram-se 107,1 mil assinantes, mais 2,0% face a 2020 (+4,1% face a 2019).

Quanto ao número de acessos telefónicos por 100 habitantes, na RAM, cresceu sucessivamente entre 2011 e 2018, ano no qual atingiu 47,84 acessos. Em 2019, houve uma redução para 46,84 acessos, tendo, em 2020 e 2021, voltado a subir, para 47,75 e 49,33, pela mesma ordem. Em 2021, o número de acessos telefónicos principais residenciais atingiu os 91,7 mil, enquanto o número de acessos não residenciais subiu para os 32,2 mil acessos, significando aumentos de 1,9% e de 2,9%, respetivamente (+3,9% e +4,8% em relação a 2019, pela mesma ordem). No total, o número de acessos ascendeu a 123,9 mil (+2,1% que em 2020; +4,1% que em 2019).

Com a generalização do telemóvel, o número de postos telefónicos públicos tem vindo a diminuir nos últimos anos, numa média de 6,5% ao ano, passando de 349, em 2013, para 202, em 2021. Ao nível municipal, quando comparado com 2020 e 2019, verifica-se a manutenção ou descida deste indicador.

Diminuíram, ainda, os postos de correios, depois de um prolongado período de estabilidade até 2015, ano no qual o número de postos era de 24, assistiu-se a um crescimento até 2019, ano no qual se registou um máximo de 36. Contudo, em 2021 observou-se uma redução, para 35 postos. Se se considerar o número total de estabelecimentos postais em 2021, que se fixou em 54, constata-se um aumento de 2 estabelecimentos face a 2012, tendo, portanto, naquele período, o número de postos de correios criados superado as estações de correios encerradas na RAM.

O número de estações de correios na Região manteve-se estável desde 2018, nas 19, depois de entre 2013 e o referido ano se ter registado uma redução significativa.

 Direcção Regional de Estatística da Madeira