Era um ‘esquema’ que envolvia vários milhares de contos. Cinco madeirenses foram detidos na sequência de investigações ligadas ao tráfico de droga, em 1996, envolvendo produto que chegava da América Latina e que deveria ser introduzido no mercado europeu.

Na edição de 11 de Julho de 1996, o DIÁRIO dava conta da detenção de Barbosa, um conhecido empresário madeirense que, até já tinha sido absolvido no Tribunal do Funchal devido a um crime relacionado com o tráfico de droga, mas que, novamente, tinha sido detido pelos mesmos motivos.

Foram apreendidos 611 quilos de cocaína, que tinham sido transportados num contentor. A Polícia Judiciária apreendeu ainda, na Madeira, vários carros considerados de luxo.

Na época, o coordenador da PJ explicava que o centro desta rede de tráfico era na Madeira, mas que os responsáveis encontravam-se em Canárias onde, aliás, acabaram por ser detidos. “Os donos do negócio são portugueses e os trabalhadores são espanhóis”, adiantava Teófilo Santiago, director da PJ do Funchal.

Curiosamente, um ano depois, esta rede era novamente manchete na edição do DIÁRIO. Barbosa, o alegado ‘cabecilha’ desta rede iria ter um processo autónomo, mas a Justiça já tinha concluído o texto de acusação dos seus ‘colaboradores’, de acordo com notícia de 11 de Julho de 1997.

Em resumo, o líder era apoiado por outros dois elementos, responsáveis por grande parte da logística, como alugar apartamentos e comprar telemóveis para guardar a droga e contactar os colaboradores. Um casal era o responsável por vigiar o produto e o filho destes, técnico da PJ, seria aquele que conseguia passar informações sobre as operações policiais. Um outro homem permitia que fossem depositados na sua conta vários cheques com dinheiro que, alegadamente, provinha do negócio da droga.

Este caso viria a tornar-se mediático uma vez que o principal arguido era um conhecido empresário madeirense. O homem viria a ser condenado, cumpriu pena de prisão, mas mais tarde seria ligado a um outro caso de droga, a operação ‘Milho Frito’, mas a polícia madeirense acabou por lhe perder o rasto.

Avião da TAP caiu num buraco

Aconteceu um caso insólito no Aeroporto da Madeira, a 10 de Julho de 1998. De acordo com a edição do dia seguinte, um avião da TAP, que tinha como destino Frankfurt, acabou por cair num buraco na pista madeirense, ficando imobilizado por mais de uma hora.

O voo, que deveria fazer escala em Lisboa, alinhava-se em posição de arranque quando aconteceu o incidente. O buraco “tinha cerca de dois metros e estava coberto de terra”, explicava uma das passageiras.

O caso não gerou feridos, apenas um atraso na descolagem do voo e motivou a abertura de um processo de inquérito. Todavia, a pista já se encontrava em obras de expansão.