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Stoltenberg diz que cimeira em Vílnius "já é histórica antes de começar"

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Foto Kenzo TRIBOUILLARD / AFP

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou hoje que a cimeira da Aliança em Vílnius "já é histórica antes de começar" e admitiu que o fornecimento de munições à Ucrânia continua a ser "um desafio".

Num fórum público da NATO, antes de arrancarem os trabalhos do encontro entre chefes de Estado e de Governo que decorre esta terça e quarta-feira na capital da Lituânia, Stoltenberg defendeu que a cimeira "já é histórica antes de começar", referindo-se à decisão, na segunda-feira, do Presidente da Turquia, que, disse, vai enviar o quanto antes o protocolo de adesão da Suécia à NATO, para que seja ratificado pelo parlamento.

Questionado sobre se a Turquia irá ter em troca aeronaves F-16 dos Estados Unidos da América (EUA), Stoltenberg respondeu que essa é uma decisão dos norte-americanos e disse ver com bons olhos qualquer diálogo entre a Turquia e os EUA, mas que tal decisão "não faz parte do acordo" a que chegaram na segunda-feira.

Stoltenberg foi ainda questionado sobre a polémica do envio de bombas de fragmentação dos EUA para a Ucrânia, começando por dizer que "o fornecimento de munições é um desafio".

Até agora, os países aliados enviaram bilateralmente munições para a Ucrânia mas tal não é sustentável a longo prazo, defendeu, sendo necessário o reforço da produção.

Especificamente sobre o tipo de munição a enviar, Stoltenberg salientou que "é uma decisão nacional de cada um dos aliados".

O secretário-geral da NATO afirmou que as bombas de fragmentação já foram utilizadas no conflito na Ucrânia por ambos os lados, mas a diferença é que Kiev utiliza este material para se defender e a Rússia para invadir outro país.

Mais tarde, Jens Stoltenberg voltou a falar com os jornalistas após um encontro bilateral com o Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol. O secretário-geral da Aliança Atlântica considerou que "muito acontece no Indo-pacífico que interessa" à NATO.

Em simultâneo, Stoltenberg arguiu que a invasão à Ucrânia "tem ramificações globais", pelo que o contacto da aliança político-militar com os parceiros asiáticos é de importância para "a segurança global".