Costa não comenta apoio do PR a auditoria na Defesa e diz que assunto está na Justiça
O primeiro-ministro recusou hoje comentar o apoio manifestado pelo Presidente da República à realização de uma auditoria à gestão financeira das indústrias de Defesa, afirmando que o assunto está nas mãos da justiça.
"Acho que esse é um assunto que está confiado à justiça e devemos deixá-la trabalhar. Uma coisa muito importante é devermos respeitar as instituições e tal como devemos respeitar as Forças Armadas no exercício das suas funções, devemos respeitar também a justiça funcionar", sustentou António Costa, em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao contingente português destacado na Base Aérea de Siauliai, a 200 quilómetros de Vílnius, capital da Lituânia.
O Presidente da República manifestou hoje apoio à realização de uma auditoria à gestão financeira das indústrias de Defesa, em nome da transparência, a propósito do caso que envolve o ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira: "Se houver essa ideia é uma boa ideia, em homenagem à transparência.
Interrogado sobre a exoneração do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, constituído arguido no âmbito do processo "Tempestade Perfeita", que levou a buscas no Ministério da Defesa, o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas não quis comentar esta saída do Governo.
No entanto, a propósito deste caso, referiu que lhe "pareceu perceber que há intenção do Ministério da Defesa de solicitar ou determinar a instauração de uma auditoria às indústrias de Defesa, à sua gestão financeira, às suas contas".
"Nomeadamente nos últimos anos, desde 2020, que penso ter sido o ano a que se reportam as últimas contas conhecidas", especificou, manifestando o seu apoio a uma auditoria com este âmbito.
PSD e Chega já propuseram no parlamento a realização de uma auditoria à gestão da IdD Portugal Defence S.A, que gere as participações públicas nas empresas de Defesa.