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Costa rejeita comentar imposições da Turquia e diz que Suécia está pronta a aderir

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O primeiro-ministro rejeitou hoje comentar as declarações do Presidente da Turquia sobre as possibilidades de adesão da Suécia à NATO, mas considerou que Estocolmo já cumpre todas as condições.

"Não vou comentar essas declarações, são dois temas diversos, a Suécia preenche todas as condições para poder aderir à NATO", referiu António Costa, em declarações aos jornalistas depois de visitar um contingente português destacado na Base Aérea de Siauliai, a cerca de 200 quilómetros de Vílnius, capital da Lituânia.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que a adesão de Estocolmo à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) estava dependente da adesão de Ancara à União Europeia (UE).

Questionado sobre se as declarações de Erdogan são uma chantagem à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e à União Europeia, o primeiro-ministro comentou apenas "que é natural que cada país procure defender os seus interesses de acordo com aquilo que são as melhores condições que se apresentam em cada momento".

"Há uma vantagem que todos temos, que é amanhã podermos ouvir o Presidente Erdogan em pessoa a pronunciar-se sobre esse ponto, que é logo um dos primeiros pontos", completou.

O Presidente turco admitiu hoje que Ancara pode vir a aprovar a adesão da Suécia à NATO se os países europeus "abrirem caminho" à Turquia a entrar na UE. 

"A Turquia está à espera à porta da União Europeia há mais de 50 anos e quase todos os países membros da NATO são agora membros da União Europeia. Estou a fazer este apelo a esses países que deixaram a Turquia à espera, às portas da UE, durante mais de 50 anos", disse Erdogan.

"Abram o caminho para a adesão da Turquia à União Europeia. Quando abrirem o caminho para a Turquia, nós abriremos o caminho para a Suécia, tal como fizemos com a Finlândia", acrescentou.

A Turquia é um país candidato à adesão à UE desde 2005, mas esta candidatura tem estado bloqueada devido ao que Bruxelas considera o retrocesso democrático de Ancara e aos litígios com o Chipre, membro do bloco europeu.