Casa própria
A proletarização da classe média vem acontecendo fruto do crescimento salarial privilegiar o salário mínimo, em vez do médio, sendo que este é que devia impulsionar os outros. É a política nacional desde os tempos da geringonça e a maioria absoluta no poder não parece querer inverter.
Por cá, temos uma governação politicamente distinta, quer na práxis quer em termos ideológicos. Que não pode deixar que esse empobrecimento persista sem que sejam tomadas medidas que venham em seu socorro. Tendo em atenção os alertas que, com cadência regular, se acumulam em defesa deste importante estrato da sociedade.
Marcando essa diferença, com acuidade, surge o programa “Casa Própria”, tendo como objectivo firme atenuar as tremendas dificuldades na aquisição de habitação por parte dos jovens oriundos daquele segmento social.
A iniciativa visa promover este direito fundamental a custos que possam estar ao alcance daqueles que pretendam autonomizar-se e seguir em frente. Seja saindo da residência dos pais, constituindo família, quiçá procriando, fixando-se na sua terra, conforme precisamos e a Madeira necessita. E, nos tempos que correm, só assim, com incentivos deste género, que acudam este grupo etário, será possível.
Os apoios serão proporcionados aos promotores da construção e imobiliários de diversas formas, tornando as despesas infraestruturais, à partida, menos onerosas. E aos interessados, também com soluções diferentes para cada caso, mas sempre com a última intenção, colocar habitação no mercado a um preço acessível para os mais novos, oriundos da classe média, tão desvalorizada que vem sendo e a carecer diligências que, como esta, auspiciam grande procura e sucesso.