Estudo mostra impacto psicológico da perda gestacional precoce em Portugal
Grupo de investigação do Madeira N-LINCS da Universidade da Madeira e da ARDITI publicaram resultados do inquérito
Os resultados de um inquérito por questionário on-line a nível nacional, realizado pelo NeuroRehabLab, grupo de investigação do Madeira N-LINCS da Universidade da Madeira e da ARDITI, mostram o impacto psicológico da perda gestacional precoce em Portugal.
Em nota de imprensa enviada à comunicação social, realçam que "este tipo de perda é habitualmente desvalorizado, mas os resultados deste estudo, no qual participaram mais de 873 mulheres de todo o país, mostram um impacto considerável em diferentes domínios".
O inquérito por questionário registou os sintomas clínicos de luto perinatal, ansiedade, depressão e stress pós-traumático em mulheres que sofreram uma perda espontânea até às 20 semanas de gestação.
Entre 7 a 12 meses após a perda, 56% das mulheres apresentavam sintomas de ansiedade, 31% de depressão e 25% de stress pós-traumático.
Apesar de uma diminuição geral destes sintomas ao longo do tempo, uma proporção substancial de mulheres apresentou sintomas persistentes de morbilidades clínicas 3 anos ou mais após a perda.
Especificamente, 24% das mulheres apresentavam sintomas preocupantes de luto perinatal, 56% de ansiedade, 27% de depressão, e 15% de stress pós-traumático.
Este estudo foi liderado pela investigadora Diana Mendes da Universidade da Madeira e o estudo foi publicado na prestigiada revista Frontiers in Public Health.
Os resultados deste estudo serão apresentados num evento online aberto a toda a comunidade no dia 14 de Julho às 16 horas no seguinte link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/96717330082.