Chega afirma que "dinheiros públicos não são para campanhas"
O Chega Madeira alerta para o carácter eleitoralista da decisão de conceder 17 mil euros à Associação Opus Gay, para comparticipar "as despesas e os encargos decorrentes do funcionamento do Centro Comunitário LGBTIQ+, da gestão dos seus recursos humanos e do desenvolvimento das actividades previstas nos seus estatutos". Miguel Castro exige prudência na gestão das verbas públicas.
Num comunicado enviado à imprensa, o partido faz questão de frisar que: não tem "absolutamente nada contra os apoios do governo a instituições sociais, os quais são importantes para o seu funcionamento e, em alguns casos, até fundamentais para que essas organizações continuem a poder desempenhar as suas missões. Da mesma forma, não temos absolutamente nada contra as pessoas homossexuais, sendo facto que vários dos nossos militantes são-no abertamente e contribuem, com o seu trabalho, para o crescimento e afirmação do nosso partido. É importante que esses dois aspetos fiquem bem claros".
Miguel Castro afirma que o incómodo do Chega relaciona-se com aquilo que considera ser uma "autêntica campanha política", que prioriza "uma associação minoritária em detrimento de toda uma sociedade que está verdadeiramente aflita".
Não podemos concordar com isto e apelamos a que, mesmo em fim de mandato, este governo faça uma gestão criteriosa dos dinheiros públicos, usando-os para ajudar quem precisa e merece, e não para medidas populistas, que visam apenas deixar o PSD bem na fotografia. Miguel Castro, líder do Chega Madeira
O líder do partido e candidato às eleições regionais deste ano, afirma que o partido defende " a política para as pessoas, mas por isto entendemos todas as pessoas, independentemente de género, raça, religião ou orientação sexual". "Condenamos, nos termos mais fortes, os partidos que preferem a olhar para as pessoas como estatística, e, por isso, preferem debater o género, a raça e a orientação sexual, como se, alguma vez, os madeirenses e os porto-santenses fossem racistas ou misóginos ou homofóbicos. Não são. Os madeirenses e os porto-santenses são gente boa, com uma vasta história de integração, respeito pelos outros e respeito pelo multiculturalismo", indica em comunicado.
Miguel Castro conclui ainda que "quem prefere apregoar o contrário e até chama pelos seus líderes nacionais para cá virem propositadamente se associar a estas causas de rutura, devia dedicar igual esforço a defender os trabalhadores que estão a empobrecer cada vez mais, os empresários que estão a ser cada vez mais esmagados pelos impostos, as famílias que estão constantemente a ser colocadas em causa e todo o nosso património de valores e princípios humanos que tem de ser urgentemente recuperado e protegido, doa a quem doer".