A autonomia não pode ser "subvertida e usada de forma leviana para fins pessoais e partidários"
O PS escolheu o seu líder regional para a intervenção na sessão Solene do Dia da Região.
Sérgio Gonçalves garantiu que a autonomia será sempre defendida pelo PS e acusou a maioria governativa de a utilizar em seu benefício. “Não pode nem deve ser maltratada, subvertida e usada de forma leviana para fins pessoais e partidários.” “A autonomia não tem donos (…). Não pode estar refém das conveniências de alguns”.
As críticas foram dirigidas ao PSD, mas também ao CDS, que se juntou aos social-democratas na rde de interesses.
A autonomia deve de ser usada para procurar soluções e respostas focadas nos interesses dos madeirenses. Ao invés, tem sido usada para disfarçar a incompetência do governo Regional.
No entanto, há um espírito reivindicativo que marcará sempre a dinâmica autonómica.
Sérgio Gonçalves deu muitos exemplos de desaproveitamento da autonomia, com destaque para o uso do diferencial de 30% em todos os impostos, ao contrário do que fazem os Açores. “É a autonomia adiada, que o PS quer utilizar.” Ficou o compromisso de o fazer, já a partir de outubro, quando, espera o líder do PS, o partido chegue ao poder.
O líder do PS também falou da saúde. Deu números elevados, porque o PSD retirou especialidades das listas de espera, para disfarçar a realidade. Uma prática de quase 50 anos. Como está, a saúde divide madeirenses entre ricos e pobres.
O PS criticou a “portaria feita à pressa” para os tempos máximos garantidos, e prometeu reabrir as urgências dos centros de saúde.
Toda a escolaridade obrigatória será totalmente gratuita, disse Sérgio Gonçalves, considerando inaceitável que muitos jovens não concluam a sua formação base.
Também prometeu apoio á UMa,
“Não podemos ter um Governo regional que, fora de portas, grita por mais autonomia, mas de que dentro de portas age ao contrário”. O exemplo foi o do indevido tratamento das autarquias, nomeadamente na questão da habitação. “A realidade actual é preocupante.”
“Um dos compromissos do PS será a celebração de contratos-programa com todas as autarquias.”
Também Sérgio Gonçalves defendeu a revisão da Constituição, o que passa pela extinção do cargo de Representeaste da república, a limitação de mandatos do presidente do governo regional a três.
"è tempo de fechar um ciclo na Madeira (...). É tempo de mudar."
Em setembro os madeirenses farão a sua escolha. Só o PS está em condições de garantir a mudança, disse, "É mesmo tempo de mudar."