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Blinken deverá visitar China após polémica com balão de espionagem

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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, planeia viajar para a China na próxima semana, enquanto o Governo de Joe Biden tenta melhorar essas relações após a polémica do balão de vigilância chinês abatido em fevereiro.

Autoridades norte-americanas, citadas pela agência Associated Press (AP), dizem que Blinken espera estar em Pequim em 18 de junho para reuniões com altos funcionários chineses, incluindo o ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, e possivelmente o Presidente, Xi Jinping.

As autoridades falaram com a agência sob anonimato porque nem o Departamento de Estado, nem o Ministério das Relações Exteriores chinês, confirmaram a viagem.

A visita, que foi acertada entre Xi Jinping e Joe Biden no ano passado, numa reunião em Bali, havia sido inicialmente programada para fevereiro, mas foi adiada após o incidente com o alegado balão de espionagem, que Pequim insiste ser um dispositivo meteorológico que se desviou da rota.

Desde então, houve contactos entre os Estados Unidos e a China, mas foram raros, uma vez que as tensões aumentaram devido à conduta da China no Mar da China Meridional, ações agressivas contra Taiwan e apoio à guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Na semana passada, o ministro da Defesa da China rejeitou um pedido do secretário de Defesa norte-americano para uma reunião paralela a um simpósio de segurança em Singapura.

No entanto, logo após adiar a sua viagem a Pequim, Blinken reuniu-se brevemente com o principal diplomata da China, Wang Yi, na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Também o chefe da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) viajou para a China em maio e o ministro do Comércio chinês deslocou-se aos Estados Unidos no mês passado.

Além disso, também o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, se encontrou com Wang em Viena no início de maio.

A Casa Branca disse na ocasião que a reunião "fazia parte dos esforços contínuos para manter as linhas de comunicação abertas e administrar a concorrência com responsabilidade".

"Os dois lados concordaram em manter esse importante canal estratégico de comunicação para avançar nesses objetivos", disse a Casa Branca.

Mais recentemente, o principal diplomata norte-americano para a região da Ásia-Pacífico, Daniel Kritenbrink, viajou para a China no início desta semana junto com um alto funcionário do Conselho de Segurança Nacional.