É “utópico” pensar a TAP a fazer ligações com África do Sul
Albuquerque considera muito difícil a TAP alguma vez reunir condições para voar ao país sul africano
Recém regressado de África do Sul, via Londres, o presidente do Governo Regional reconhece que dificilmente a TAP terá condições para assegurar ligações directas com o país sul-africano que acolhe uma das maiores comunidades portuguesas – e madeirense – além fronteiras.
“Neste momento é muito difícil a TAP entrar naquele mercado”, afirma, ao dar conta que África do Sul é actualmente “um mercado altamente concorrencial onde a maioria das grandes companhias europeias já opera”. Como tal considera “um pouco utópico pensar que a TAP alguma vez terá condições de competitividade para ir directo para a África do Sul e de ter preços acessíveis para os nossos emigrantes”, diz Miguel Albuquerque.
Admite que há soluções alternativas que não representam grandes constrangimentos para viajar entre Portugal e África do Sul, com estala num país europeu. Aponta o seu caso da recente visita ao país sul-africano para reforçar que a solução é chegar a Portugal através de um país europeu servido por rotas directas para a Madeira, e registar que a Madeira é actualmente servida por quase 90 rotas para diferentes países europeus.
Argumentos para concluir que “é muito difícil a TAP alguma vez ter a possibilidade de entrar naquele mercado”, concretizou.
Não deixou contudo de salientar que “há sempre uma desculpa para as decisões erradas”, ao concluir que “neste momento toda a gente já percebeu que a nacionalização da TAP foi uma decisão errada”, que neste caso custou 3.800 milhões de euros aos contribuintes, e por isso “um grave erro”.