Fragmentos de 'drone' ferem três pessoas em cidade russa
Três pessoas sofreram ferimentos ligeiros depois de fragmentos de um 'drone' terem atingido hoje um edifício residencial no centro da cidade russa de Voronezh, perto da fronteira com a Ucrânia, anunciaram as autoridades locais.
O governador da região, Alexander Gusev, disse que os residentes no edifício foram feridos por estilhaços de vidro das janelas partidas pelo embate da aeronave não tripulada e receberam ajuda no local.
Os meios de comunicação social russos publicaram fotografias que mostram um edifício de apartamentos com algumas das janelas partidas e danos em partes da fachada, segundo a agência norte-americana AP.
Não foi feita referência à possível origem do 'drone', mas a agência oficial russa TASS noticiou que o aparelho voava em direção à fábrica de aviões de Voronezh e foi intercetado por meios eletrónicos.
"O alvo do ataque do 'drone', de acordo com informações operacionais, era a fábrica de aviões. O 'drone' voou na sua direção", disse à TASS uma fonte dos serviços de segurança russos.
"O 'drone' foi suprimido pela guerra eletrónica e os fragmentos caíram num edifício residencial", acrescentou.
De acordo com 'sites' especializados, a fábrica de aviões de Voronezh é uma das maiores da Europa.
Fundada em 1932, tem estado envolvida na produção de alguns dos aviões russos mais importantes, incluindo vários modelos de Antonov, Ilyushin, Kalinin ou Tupolev.
Voronezh situa-se a cerca de 200 quilómetros a nordeste de Bolgorod, a cidade russa próxima da fronteira com a Ucrânia que tem sofrido ataques nas últimas semanas.
O governador da região, Vyacheslav Gladkov, anunciou hoje que a defesa russa abateu dois alvos aéreos que se aproximavam de Belgorod.
"O nosso sistema de defesa aérea funcionou sobre Belgorod. Dois alvos aéreos foram abatidos quando se aproximavam da cidade", disse Gladkov na rede social Telegram, citado pela TASS.
"Os serviços operacionais estão a esclarecer as consequências no terreno", referiu, acrescentando que, de acordo com dados preliminares, não se registaram vítimas.
Diversos meios de comunicação social norte-americanos noticiaram na quinta-feira que a Ucrânia tem em curso uma contraofensiva, mas as autoridades de Kiev não confirmaram a informação.
A Ucrânia acusou a Rússia de ter feito explodir uma barragem no sul do país, na terça-feira, para travar a contraofensiva, mas Moscovo atribuiu o incidente a um ataque ucraniano.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 23 de fevereiro de 2022, desencadeando um conflito armado que mergulhou a Europa na pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o balanço de baixas civis e militares em mais de 15 meses de combates.
As informações divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.