Escola Gonçalves Zarco dá espaço a 'Emoções' de Emanuel Aguiar
No âmbito do projecto 'Criar Emoções', promovida pela docente Fátima Nóbrega, da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco (EBSGZ), o artista plástico Emanuel Aguiar integrou, inspirou e ajudou a criar a peça 'Emoções', em conjunto com uma turma da referida instituição de ensino.
"O convite efetuado ao artista teve como objectivo caracterizar e chamar a atenção da sociedade dos nossos dias, através da expressão criativa - pintura", explica uma nota da escola. "Quer na disciplina de Teatro, quer na disciplina de Português, as aprendizagens essenciais integram todas as linguagens artísticas e expressivas. Desta forma, as artes plásticas são uma expressão englobante e performativa, onde o vulgo maior é a criatividade em qualquer disciplina. Nenhuma disciplina poderá ser considerada como um compartimento estanque", justifica.
Sendo que o "convidado é conhecido pelas suas obras de grande formato, onde prima a imensa paleta de cores, com contrastes cromáticos e figurativos excecionais, formas e texturas num patamar de expressividade eloquente", continua, assim, "numa tela de dois metros por um metro e meio, o artista Emanuel Aguiar e a docente Fátima Nóbrega exploraram personagens possíveis da sociedade, convidando a turma do 7º1 a experimentar e a manifestar-se expressivamente nas mais variadas formas da composição dessas mesmas".
A propósito do 1 de Junho, Dia Mundial da Criança, "a turma do 7º1 na aula de Teatro foi surpreendida e presenteada com a proposta desta tela, com esta dimensão e simultânea dinâmica artística", conta a nota da direcção. "Houve um cuidado extremo dos alunos ao convite do artista, em deixarem-se levar pelo movimento, dominando-o através do experimentalismo. A atividade saiu da técnica normal do pincel para o uso e manuseio de espátulas de diversos tamanhos".
"Quanto às personagens retratadas, adicionaram-se os handicaps vigentes na sociedade", realça. "A tela retrata uma sociedade pós-pandémica, onde as pessoas se viraram para si próprias. Deixaram de querer opinar, umas por medo, outras por quererem mostrar a imagem do ficar bem, outras personagens ainda por não quererem ouvir, nem ver, nem saber…"
Deste modo, "a panóplia de cores patente na obra serve como um grito à sociedade, para a necessidade de viver a vida com emoção. E no seguimento desta ideia, a obra 'Emoções' é ofertada à escola, pelo artista e pela mentora do projeto, para ser colocada na sala de professores, com o intuito de dar vida e alegria àquele espaço de convívio", conclui.