Mais de 2.000 pessoas retiradas devido à destruição de barragem na Ucrânia
Os serviços de socorro ucranianos retiraram mais de 2.000 pessoas das zonas afetadas pela destruição de uma barragem no sul da Ucrânia, cujo transbordamento submergiu cerca de 600 quilómetros quadrados, anunciou hoje a Administração Militar de Kherson.
O chefe da Administração Militar de Kherson explicou que o nível médio da água na parte do rio Dnieper ao sul da barragem era de 5,61 metros hoje de manhã.
Dos 600 quilómetros quadrados inundados, acrescentou a fonte, 32% situam-se na margem ocidental do Dnieper, que está sob o controlo do Governo de Kiev. Os restantes 68% situam-se na margem oriental, ocupada pela Rússia.
O rio Dnieper divide a província de Kherson em duas. A central hidroelétrica de Khakhovka, da qual fazia parte a barragem destruída, situava-se na margem oriental do rio e estava, portanto, sob controlo russo.
Kiev diz que a Rússia explodiu intencionalmente a infraestrutura.
A rutura da barragem de Kakhovka inundou centenas de casas e mais de 10.000 hectares de terras agrícolas na margem oeste do rio Dnieper.
A ONU e as suas agências distribuíram milhares de garrafas de água, produtos de purificação de água e outros itens essenciais para crianças, assim como alimentos, em cinco cidades em Kherson e Mykolaiv, disse o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA)
A agência alertou que centenas de milhares de pessoas dependiam do reservatório de Kakhovka para obter água potável e os seus níveis "estão a diminuir rapidamente", um problema além da potencial contaminação das fontes de água devido às inundações.