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O Bloco faz falta. Para quê?!

As eleições regionais estão à porta. O Presidente da República deverá marcá-las para 24 de setembro ou 1 de outubro. O que está em causa, nessas eleições, é eleger o maior número de deputados que façam oposição e fiscalizem os atos do governo. E deixemo-nos de histórias: o PSD/CDS deverá ter a maioria dos mandatos, segundo as várias sondagens que têm vindo a sair, e o PS deverá perder alguns deputados, o que deixará mais longe a construção de uma alternativa à atual maioria.

Perante este cenário, os madeirenses têm poucas opções: votar nos dois novos partidos da extrema-direita, que querem ir para o governo com o PSD e com o CDS, ou eleger deputados do Bloco de Esquerda para fazer oposição firme e determinada à direita dos interesses instalada no poder. Estamos a tempo de nos mobilizarmos, a nós e aos os nossos amigos, familiares e conhecidos para votarem no BE. Só assim conseguiremos regressar ao Parlamento. Neste momento não estamos lá representados e os madeirenses perderam uma voz que os defendia. As pessoas conhecem-me: se há uma coisa que sempre fiz, enquanto representei o meu partido na Assembleia Legislativa, foi fazer forte oposição às maiorias que nos têm (des)governado. Como diz, tantas vezes, o povo, “não podemos deixar os grandes sozinhos lá a mandar e é preciso dar votos aos pequeninos para que existam vozes que defendam o Povo na Assembleia”. Se o BE tiver votos para eleger deputados podemos lutar por melhores salários, habitação a preços justos, cuidados de saúde a tempo e horas para todos, Escola pública Universal e gratuita desde o jardim de Infância à Universidade, cuidados de qualidade para os nossos idosos e um combate forte à discriminação de pessoas em função do seu género e orientação sexual. Defenderemos um modelo de desenvolvimento que respeite o ambiente e os animais encetando, também, um combate, sem tréguas, pela Democracia e contra a corrupção e o clientelismo. É para isto que o Bloco faz falta no Parlamento. Neste momento não temos lá deputados e não podemos fazer nada se os eleitores não nos derem os votos que necessitamos para sermos a vossa voz e defendermos os vossos direitos.