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Zelensky pede ajuda imediata na área ocupada afetada pela rutura de barragem

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou hoje as organizações internacionais humanitárias a juntarem-se imediatamente às operações de resgate das pessoas afetadas pela destruição da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, na área ocupada pela Rússia.

"Precisamos que organizações internacionais, como o Comité Internacional da Cruz Vermelha, se juntem imediatamente às operações de resgate e ajudem as pessoas na parte ocupada da região de Kherson", sublinhou o chefe de Estado ucraniano no seu habitual discurso noturno diário na rede social Telegram.

Zelensky frisou que os serviços militares e especiais ucranianos estão a "resgatar o máximo de pessoas possível, apesar dos bombardeamentos".

"Mas são necessários esforços em larga escala", apontou.

"Se não há nenhuma organização internacional na área deste desastre agora, isso significa que ela não existe, que é incapaz de funcionar", alertou ainda.

O governante frisou também que "é impossível estabelecer com certeza quantas pessoas no território temporariamente ocupado da região de Kherson podem morrer sem resgate, sem água potável, sem comida, sem assistência médica".

Na terça-feira, Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de ter minado e feito explodir a barragem, bloqueando assim o caminho para uma contraofensiva ucraniana na parte sul do seu país.

O seu homólogo russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que se tratou de um "ato bárbaro" que devia ser imputado a Kiev.

Esta barragem fornece água à Crimeia, península ucraniana anexada pela Rússia em 2014, e encontra-se na rota das tropas ucranianas para uma recuperação dos territórios ocupados.

A destruição da barragem desencadeou uma queda abrupta de torrentes de água no caudal do rio Dniepre, obrigando vários milhares de pessoas a abandonar as zonas inundadas e fazendo temer uma catástrofe ecológica.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).