Kiev e NATO reúnem-se quinta-feira após destruição de barragem
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou hoje que na quinta-feira se realiza uma reunião da organização em que participará virtualmente o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, após a destruição da barragem de Kakhovka.
Stoltenberg fez o anúncio na sua conta da rede social Twitter, depois de falar com Kuleba.
"O ministro Kuleba juntar-se-á virtualmente aos embaixadores aliados, numa reunião da Comissão NATO-Ucrânia a que presidirei amanhã [quinta-feira]", escreveu o dirigente da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
A Comissão NATO-Ucrânia é o órgão de tomada de decisões responsável pelo desenvolvimento da relação entre a organização transatlântica e a ex-república soviética e pela direção das atividades de cooperação.
Também funciona como fórum de consultas entre os aliados e Kiev sobre questões de segurança de interesse comum, entre as quais a invasão russa da Ucrânia, em curso há mais de 15 meses.
No Twitter, Stoltenberg indicou ter falado com Kuleba sobre "a escandalosa destruição da barragem de Kakhovka, que está a obrigar à deslocação de milhares de pessoas e a causar uma catástrofe ecológica na Ucrânia".
As autoridades ucranianas estão a trabalhar o mais rapidamente possível para controlar as consequências da destruição da barragem da Central Hidroelétrica de Kakhovka, no sul da Ucrânia, que libertou uma enorme massa de água no caudal do rio Dniepre na madrugada de terça-feira, devido a uma explosão alegadamente premeditada da qual Kiev acusa a Rússia.
A barragem de Kakhovka situa-se na região de Kherson, anexada pela Rússia, mas as forças ucranianas controlam a parte situada na margem direita do rio Dniepre e as tropas russas a margem esquerda.
Cerca de 5.900 pessoas foram retiradas das zonas inundadas, segundo a última atualização das autoridades ucranianas e russas.
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição de parte da barragem, que fornece água à península da Crimeia, ocupada e anexada pela Rússia em 2014.